sábado, 30 de março de 2019

Dias estranhos


Eu que sempre precisei de atenção 
Que sempre vivi na solidão 
Quero a liberdade para sonhar 
E sem medo outra vez amar. 

Foram-se os olhos da esperança 
Em mim ficou a lembrança 
De um grande amor que vivi 
E de seus olhos que não esqueci. 

Carrego em meu peito uma dor 
Por perder tão grande amor 
Na manhã triste de inverno 
Minha vida tornou-se um inferno. 

A tristeza que grita em mim 
Parece nunca ter fim 
E eu me lembro do seu sorriso 
Sei que é dele que preciso. 

Os dias são tão estranhos 
Sem ver os seus olhos castanhos 
Que para sempre se perdeu 
E no meu coração nesse dia morreu. 

Fecho os olhos e vejo a vida passar 
Em outros braços vou descansar 
Já não posso mais ficar assim 
Porque outro amor espera por mim. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 28 de março de 2019

Sou mesmo um idiota


Sou mesmo um idiota por não perceber 
O quanto ela gosta de mim. 
Por não entender todas às vezes que ela chama o meu nome 
Por ser egoísta o tempo todo… 
Sou mesmo um idiota por não ver 
Às lágrimas nos seus olhos 
Todas às vezes que sente saudades do meu jeito tolo de ser 
De quando escrevo meus poemas sem sentidos… 
Sou mesmo um idiota por não acreditar no amor 
Nas suas fantasias 
E nas suas ilusões… 
Sou mesmo um idiota por deixar o tempo passar 
E não dizer a ela o quanto eu a amo 
E o quanto ela é minha fonte de inspiração 
Mesmo quando está distante de mim. 
Sou mesmo um idiota por não notar o seu sorriso 
Quando digo minhas piadas bobas 
E nem seu olhar de esperança 
Quando falo-lhe de estarmos juntos. 
Sou mesmo um idiota quando não digo o que sinto 
Quando não mando mensagens 
E não ligo para saber como foi o seu dia 
Nem quais são os seus sonhos. 
Eu sou um idiota por tudo isso 
Sou idiota por chorar às escondidas 
E por falsificar os meus projetos 
Que não quero que ninguém saiba. 
Sou um verdadeiro idiota por acreditar 
Que a liberdade tem um preço alto a ser pago 
E o caminho que escolhi para seguir 
Não permite que olhe para essas coisas. 
Eu sou o mais idiota dos idiotas 
Por fazer tudo errado 
E não dar ouvidos as lamúrias que ouço no silêncio 
Porque quero ficar só no meu canto. 
Sou mesmo um idiota 
E idiota hei de ser sempre 
Que decido ir pelas minhas convicções 
E não pelas ideias de terceiros. 
Portanto, não ofende-me ao dizer que sou idiota 
Pois sei que o sou 
E sei que é a minha sina carregar o fardo 
De ser apenas um idiota! 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 27 de março de 2019

Quero estar ao seu lado



Mesmo que não haja sol 
E as estrelas fujam na noite fria 
Quero estar ao seu lado. 
Você é o meu sol 
E o brilho das estrelas, 
Vejo em seu olhar. 

Quero estar ao seu lado 
Na manhã serena de inverno 
E na tarde quente de verão. 
Seu sorriso e seu olhar 
Será sempre a razão de te amar. 

Caminhar de mãos dadas com você 
Por toda minha vida 
É o anseio e desejo do meu coração. 

Deixar-me descansar em seus braços 
E ouvir suas histórias 
É o que quero para sempre. 
Estar em silêncio e sentir o seu perfume 
Como uma brisa a entrar pela janela 
Está no meu pensamento. 

Quero estar ao seu lado 
Pois é ai que me sinto bem. 
Ao seu lado meus sonhos se renovam 
Pela manhã e faz-me voar no pôr do sol. 
Por isso, amor 
Quero estar ao seu lado. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 26 de março de 2019

A invenção das inverdades



Não me permita afirmar o que vejo 
Pois, nada é o que parece ser. 
Há uma construção de inverdades 
Que corroem a inocência do meu coração. 
Queria acreditar no que dizem os seus olhos 
Mas, eles mentem para mim a todo instante. 
Quero alcançar as nuvens 
E acreditar que posso voar 
E eles, simplesmente, cortam minhas asas. 
Há uma angústia que permeiam minha solidão 
E procuro andar pelos caminhos escuros 
Onde não vejo sua presença. 
Dizem que é verdade que o amor acabou 
E eu não consigo acreditar nessa ilusão. 
Sigo, então, meu caminho 
Sem acreditar que tudo não passou de um sonho. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 24 de março de 2019

Meu coração diante de você


Venho mais uma vez abrir meu coração diante de você. 
Só espero que minhas palavras não se tornem repetitivas, mas desejo falar-te o que sinto no meu coração. 
Você é uma pessoa muito especial que mudou a minha vida e deu-me uma nova esperança. 
Já falei muito sobre a boa impressão que tive de você desde o começo quando seus olhos me atraíram até você. 
Eu vi, então, o seu lindo sorriso e ele me encantou de tal forma que meu coração nunca mais foi o mesmo. 
E ao sentir o sabor de seus beijos eu cheguei ao paraíso. 
Você tem uma boca tão gostosa que eu não consigo tirar do meu pensamento o gosto incrível de sentir os seus lábios. 
Eu sou um pássaro a voar os espaços da imaginação. 
Eu vivo um amor que nunca havia acontecido em mim. 
Um sentimento que me tortura e ao mesmo tempo me satisfaz. 
É como navegar mares desconhecidos só pelo encanto da aventura. 
Seus olhos são tão lindos vistos de perto e me encanta cada vez mais. 
E eu a amo com toda intensidade. 
Com todas as forças do meu coração. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 22 de março de 2019

Busco o seu olhar na minha mente


Navego horizontes 
Entre nuvens levadas ao vento 
E o pensamento 
Deixo voar livremente 
Na busca incessante de lembranças fugazes. 

Procuro encontrar-te na minha solidão 
E quero deixar-me descansar 
Na tarde quente a me sufocar 
A alma silenciosa que medita 
Sensações já não mais sentidas. 

Busco o seu olhar na minha mente 
E quero voar os espaços vazios 
De seus sonhos já tão distantes. 

O que pensar desses momentos 
Onde não há aquele alento 
Tão desejado pelo coração? 

Os momentos são inconstantes 
E há alegria pela lembrança de seus olhos 
Ali a espreitar-me 
Na minha confusa percepção dos dias 
Em que pensava ter você. 

Há uma tristeza sentida 
De uma incerteza no futuro 
E um vazio pela sua ausência. 

O que pensar de tudo isso? 
Você é a esperança de meus dias 
O olhar a incendiar minha alma 
E aquecer-me no inverno da vida. 
A razão primordial 
De cantar essa canção. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

terça-feira, 19 de março de 2019

Foi engano


Foi engano pensar que poderia esquecer 
Um sorriso tão encantador; 
Vejo hoje que era esse sorriso 
Que dava sonho à vida e ao amor. 

Foi engano pensar que poderia viver 
Sem o brilho do seu olhar; 
Ele sempre deu luz para minha vida 
E me fizeram te amar. 

Foi engano achar que poderia 
Esquecer seus encantos 
Sua meiguice e seu amor. 

Não está sendo tarefa fácil 
Passar os dias sem saber 
Onde encontro outra flor. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 18 de março de 2019

Antes que tivesse fim


Antes que tivesse fim 
A ausência que invadia meu coração 
Seus olhos negros 
Mostraram-me uma nova razão. 

Como um pássaro alado 
Procurei o seu carinho no alvorecer 
Depois de uma noite fria 
Precisava dele para continuar a viver. 

Por algum tempo 
Pensei não ter mais o seu amor 
Pois a saudade queria 
Preencher meu coração de dor. 

Num piscar de olhos 
Vi você em minha direção caminhar 
Seu sorriso tão singelo 
A revelar-me o quanto é bom te amar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

sexta-feira, 15 de março de 2019

Natureza


Um trovão assusta os lagartos 
Que correm e param. 
Mil formigas transportam uma grande folha 
Que está molhada de orvalho. 
Aborrecem-se os vaga-lumes 
Com a luz do sol. 
Meu espaço é infinito 
E posso correr pelos bosques. 
Como os grandes abismos 
Deixo-me andar sem rumo. 
Das sombras perdidas 
Não quero mais me esconder. 
A chuva passou 
E levou consigo minha alma. 
As formigas olham em silêncio 
A terra encharcada pelas águas. 
Quem está morto 
Nessa imensidão de mata destruída? 
O lagarto caminha em silêncio 
Sem notar o gavião que o espreita. 
Olho as nuvens que ainda são neblinas 
E não vejo o horizonte. 
Busco o sol 
Que possa me aquecer. 
A brisa ou a ventania 
Qual poderia me valer? 
É preciso consciência 
Pela nossa natureza! 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 14 de março de 2019

Longe dos seus olhos



Lembro-me o tempo bom que se foi 
A saudade de ver a luz do luar 
Com você me mostrando as estrelas 
E dando nomes a elas e sorrindo. 
Seus olhos brilhavam como elas 
E eu sempre me encantei com o seu olhar. 
E você sorria 
E seu sorriso sempre tão singelo 
Me contagiava e eu amava tudo isso. 
Longe dos seus olhos tudo é saudade 
O mundo gira devagar 
E não sinto a brisa das noites 
Tão quentes desfrutadas ao seu lado. 
Longe de seus olhos não há esperança 
Pois, falta a beleza de sua alma 
Que sempre me encantou. 
Dizer que sinto sua falta não é o bastante 
Para expressar a tristeza 
Que invade meu coração 
Nas noites frias da solidão. 
Longe dos seus olhos 
Vou caminhando sozinho 
Na esperança de um dia 
Vê-los brilhar outra vez. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

segunda-feira, 11 de março de 2019

O vento que flutua no silêncio


Chora a alma no silêncio da madrugada 
Sem que ninguém possa ouvir 
A desilusão que sufoca o coração 
E o empurra para o abismo sem fim. 
Uma tristeza sem limites 
Como dinamites a explodir o sentimento 
Derrubando-o pela escarpa do tempo 
Que não passa...tortura! 
Medo e sobressalto 
Nas vozes que perturbam-me 
Minha alma está destroçada 
Misturada a ossos e poeiras. 
Destruição que arromba os meus olhos 
Num sentimento de angústia 
Que culmina em ruínas de lágrimas. 
Mágoas soterram o meu rosto 
E vivo sob entulhos de escuridão 
Meu coração vive em pulsação 
Nas realidades de sonhos nos escombros. 
Os ruídos perturbam a minha mente 
E, no chão, desabo desconsolado 
Onde meus passos são desmantelado 
Por um caminho triste e inóspito. 
A madrugada não termina 
E minha dor arrasa-me a alma 
Meus prantos não podem ser ouvidos 
Pois o vento flutua no silêncio. 
Os gritos são abafados na escuridão 
Que dilacera o meu sentimento 
Na solidão das minhas noites 
Não há uma razão para a esperança. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quarta-feira, 6 de março de 2019

O que posso fazer, se amo você?



A alma anela por um dia de paz 
Na caminhada solitária da vida. 
O anseio de dias menos sufocantes 
Na trajetória por mim escolhida. 

O desejo que percorre o sentimento 
Estraçalha o coração 
Transforma os sonhos reais 
Na mais pura ilusão. 

Caminho na escuridão da noite 
Tentando dar paz ao meu viver 
Mas, seus olhos me perseguem na noite fria 
Me dizendo que não posso te esquecer. 

Durante o dia escondo-me do sentimento 
E procuro nas lembranças me acalmar 
Seu perfume conduzido pelo vento 
Vem até mim e de você me faz lembrar. 

Quero esquecer o seu carinho 
Que um dia me acalmou 
Mas, não consigo deixar de pensar 
Naquela que meu coração sempre amou. 

O que posso fazer se amo você? 
É a pergunta que me alucina 
Sem ter uma resposta plausível 
Porque sua beleza me fascina. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

domingo, 3 de março de 2019

Palavras paralíticas em minha boca


Não há como conter o desejo dentro de mim 
Ele me sufoca 
Sinto-me asfixiado como que por fumaça 
A revelar o meu coração. 
Nele há uma angústia terrível 
Uma saudade 
Que não me deixa pensar direito em mim 
Pois você povoa a minha mente o tempo todo. 
Quero falar 
Expor a minha humilhação em querer-te 
Mesmo sabendo que seu coração 
Não pertence a mim. 
Mas não tenho palavras 
Que expressem a minha dor. 
Sinto que elas não saem como queria 
São palavras paraliticas em minha boca. 
E, quando me olha desse jeito, 
Como que querendo uma explicação 
Embaraço-me nas palavras 
E não consigo expressar-me a contento. 
O que fazer? 
Seus olhos fuzilam-me 
Quer uma explicação lógica 
Para estar diante de mim. 
Não consigo dizer nada 
E, então, calo-me diante de tudo 
E o silêncio passa a ser o companheiro ideal. 
Você dá de ombros 
Vira às costas e se vai. 
Fico imóvel olhando-a sumir no horizonte. 
Só resta-me sonhar. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense