Navego horizontes
Entre nuvens levadas ao vento
E o pensamento
Deixo voar livremente
Na busca incessante de lembranças fugazes.
Procuro encontrar-te na minha solidão
E quero deixar-me descansar
Na tarde quente a me sufocar
A alma silenciosa que medita
Sensações já não mais sentidas.
Busco o seu olhar na minha mente
E quero voar os espaços vazios
De seus sonhos já tão distantes.
O que pensar desses momentos
Onde não há aquele alento
Tão desejado pelo coração?
Os momentos são inconstantes
E há alegria pela lembrança de seus olhos
Ali a espreitar-me
Na minha confusa percepção dos dias
Em que pensava ter você.
Há uma tristeza sentida
De uma incerteza no futuro
E um vazio pela sua ausência.
O que pensar de tudo isso?
Você é a esperança de meus dias
O olhar a incendiar minha alma
E aquecer-me no inverno da vida.
A razão primordial
De cantar essa canção.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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