segunda-feira, 11 de março de 2019

O vento que flutua no silêncio


Chora a alma no silêncio da madrugada 
Sem que ninguém possa ouvir 
A desilusão que sufoca o coração 
E o empurra para o abismo sem fim. 
Uma tristeza sem limites 
Como dinamites a explodir o sentimento 
Derrubando-o pela escarpa do tempo 
Que não passa...tortura! 
Medo e sobressalto 
Nas vozes que perturbam-me 
Minha alma está destroçada 
Misturada a ossos e poeiras. 
Destruição que arromba os meus olhos 
Num sentimento de angústia 
Que culmina em ruínas de lágrimas. 
Mágoas soterram o meu rosto 
E vivo sob entulhos de escuridão 
Meu coração vive em pulsação 
Nas realidades de sonhos nos escombros. 
Os ruídos perturbam a minha mente 
E, no chão, desabo desconsolado 
Onde meus passos são desmantelado 
Por um caminho triste e inóspito. 
A madrugada não termina 
E minha dor arrasa-me a alma 
Meus prantos não podem ser ouvidos 
Pois o vento flutua no silêncio. 
Os gritos são abafados na escuridão 
Que dilacera o meu sentimento 
Na solidão das minhas noites 
Não há uma razão para a esperança. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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