O aroma amargo do veneno mortal
Destilado pelas palavras impensadas
De algum imbecil
Solto de algum manicômio.
O último suspiro
Precisa mesmo dizer alguma coisa?
Por que a Terra está em trevas?
O que se pode ver por aí
É que alguns se tornam deuses de si mesmo
Acreditando até mesmo
Que tem o poder sobre o destino de outros
E eu apenas observo
E vejo toda esse emaranhado de coisas tolas
Que causam até intensos calafrios.
O mundo não é um lugar para os fracos
Para os tolos talvez
Mas não para os fracos.
Eu sou impuro no meio de tudo isso
Indigno de ser ouvido
E tem alguém que questiona tudo
Sem contar que seus olhares é intimidador
Mas não me preocupo
Porque até sei o destino deles
Mortos em esquinas mortas.
Tudo é sujo por aqui
Até as sombras são adoecidas
E eu sou apenas um louco poeta
Gritando aos quatro cantos do mundo
Para ver se pelo menos alguém
Possa acordar desse sono profundo.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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