quarta-feira, 1 de maio de 2024

O último suspiro

Cabe a mim sentir 
O aroma amargo do veneno mortal 
Destilado pelas palavras impensadas 
De algum imbecil 
Solto de algum manicômio. 
O último suspiro 
Precisa mesmo dizer alguma coisa? 
Por que a Terra está em trevas? 
O que se pode ver por aí 
É que alguns se tornam deuses de si mesmo 
Acreditando até mesmo 
Que tem o poder sobre o destino de outros 
E eu apenas observo 
E vejo toda esse emaranhado de coisas tolas 
Que causam até intensos calafrios. 
O mundo não é um lugar para os fracos 
Para os tolos talvez 
Mas não para os fracos. 
Eu sou impuro no meio de tudo isso 
Indigno de ser ouvido 
E tem alguém que questiona tudo 
Sem contar que seus olhares é intimidador 
Mas não me preocupo 
Porque até sei o destino deles 
Mortos em esquinas mortas. 
Tudo é sujo por aqui 
Até as sombras são adoecidas 
E eu sou apenas um louco poeta 
Gritando aos quatro cantos do mundo 
Para ver se pelo menos alguém 
Possa acordar desse sono profundo. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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