sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Pacto de mediocridade



Não! Eu não quero ser incomodado. 
Não venham tirar-me da zona de conforto. 
Não quero ler, 
Não quero estudar 
E não quero me preocupar com tudo isso. 
Reclamo sim. 
Reclamo se tem aula. 
Reclamo se o professor passa muitos textos. 
Reclamo se a professora cumpre o seu horário de aula. 
Se me solicita expandir a minha mente. 
 Se me manda ler. 
Fiz um pacto de mediocridade. 
Amo a ociosidade. 
A diversão. 
O passatempo sem futuro. 
Que me importa esse sistema educacional? 
O que quero é apenas sair desse curso. 
Não me importo se aprendi alguma coisa ou se não. 
Isso não tem a mínima importância para mim. 
Quero uma rede para descansar a minha beleza. 
Quero que o tempo passe e tudo acabe. 
Quem criou a ideia de que preciso estudar para ter conhecimento? 
Quem disse que preciso de livros? 
O que eles tem de importante para me passar? 
Não! Eu não quero ser incomodado com essa coisa chata. 
Deixe-me com minha ignorância. 
Eu prefiro a alienação. 
Eu prefiro a escuridão. 
Fiz um pacto com a mediocridade. 
Quero ser popular. 
E para ser popular é preciso ser medíocre. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

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