Não! Eu não quero ser incomodado.
Não venham tirar-me da zona de conforto.
Não quero ler,
Não quero estudar
E não quero me preocupar com tudo isso.
Reclamo sim.
Reclamo se tem aula.
Reclamo se o professor passa muitos textos.
Reclamo se a professora cumpre o seu horário de aula.
Se me solicita expandir a minha mente.
Se me manda ler.
Fiz um pacto de mediocridade.
Amo a ociosidade.
A diversão.
O passatempo sem futuro.
Que me importa esse sistema educacional?
O que quero é apenas sair desse curso.
Não me importo se aprendi alguma coisa ou se não.
Isso não tem a mínima importância para mim.
Quero uma rede para descansar a minha beleza.
Quero que o tempo passe e tudo acabe.
Quem criou a ideia de que preciso estudar para ter conhecimento?
Quem disse que preciso de livros?
O que eles tem de importante para me passar?
Não! Eu não quero ser incomodado com essa coisa chata.
Deixe-me com minha ignorância.
Eu prefiro a alienação.
Eu prefiro a escuridão.
Fiz um pacto com a mediocridade.
Quero ser popular.
E para ser popular é preciso ser medíocre.
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense
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