Como um amanhecer que não faz barulho,
Mas muda tudo.
Quando teus olhos me encontram,
Meu coração esquece o ritmo aprendido
E suspira,
Não de cansaço,
Mas de reconhecimento.
É como se eles soubessem de mim
Antes mesmo de eu saber de mim mesmo.
Há neles um abrigo breve,
Um convite sem palavras,
Uma promessa que não se faz,
Mas se sente.
Teu olhar não prende,
Mas demora.
E nessa demora
Meu peito aprende a esperar,
Porque há encantos que não pedem posse,
Apenas presença.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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