quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O poema (in) perfeito



Deslizo meus dedos e toco a caneta 
Na folha branca escrevo os meus versos 
Imagino seu olhar na madrugada 
Para escrever o poema perfeito. 
Quero atravessar o oceano 
Nas mais altas nuvens deixar-me tocar 
E suavemente 
O vento norte deixar-me levar. 
Ao tocar o seu rosto 
Como a brisa da manhã 
Sentir o perfume que exala de ti 
E o pulsar de seu coração. 
A esperança que brota 
Qual gramíneas nas pradarias 
Elevam meus pensamentos 
A buscar-te no infinito. 

O poema perfeito quero escrever 
Para seu coração alcançar 
Mesmo sabendo que é impossível 
Descrever o seu lindo olhar. 
Vejo, então, um beija-flor 
Na janela, suas asas bater, 
Minhas mãos ficam trêmulas 
E não consigo mais escrever. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

domingo, 25 de setembro de 2016

Que país é esse?


Eu amava a História 
Dela eu extraia lições dos acontecimentos 
Para que não viesse a cometer os mesmos erros 
Que mentes insanas cometeram no passado. 
Dela eu extraia lições de humanidade 
De pessoas que viveram e lutaram 
Pela liberdade do seu povo 
E essas lições eu queria viver e passar 
Para minha posteridade. 

Mas, roubaram isso de mim 
Dizendo que não é importante para um povo 
Conhecer a sua própria História. 

Eu amava a Filosofia 
Os grandes pensadores que formularam idéias 
Desde os pré-socráticos tentando descobrir o mundo 
Rompendo com os mitos de origem. 
Sócrates, que deu a vida pela suas idéias 
Platão que me ensinou a República 
Aristóteles, a Metafísica e a Política. 
Com ela eu aprendi um pouco 
Sobre a Patrística de Santo Agostinho 
E me encantei com as provas da existência de Deus 
Formulada por Tomás de Aquino. 
Não tenho espaço para descrever o encanto com 
Os filósofos modernos e contemporâneos 
Descartes, Kant, Rousseau 
Nietzsche e tantos outros 
Que me fizeram pensar com mais liberdade 
Ter minhas próprias idéias. 

Mas, roubaram isso de mim 
Dizendo que não é importante para nossos jovens 
Ter a liberdade de pensar e refletir 
Sobre as cosmovisões do mundo. 

Eu amava a Sociologia 
Como ela me ajudava a refletir sobre a sociedade 
Entender um pouco sobre a cultura de um povo 
As contraculturas sempre tão importantes 
Para delimitar os espaços de idéias na sociedade. 
Como entender o preconceito, o racismo 
Sem estudar as questões sociais que nos cercam? 
Ela que me ensinou sobre as instituições sociais 
Família, Igreja, Estado 
Sobre os conceitos básicos para a compreensão 
Da vida social. 
Comunidade, cidadania e minorias 
Entre outras coisas que servem 
Para o entendimento do mundo. 

Mas, roubaram isso de mim 
Dizendo que não é importante 
Conhecer a sociedade e nem conceitos de cidadanias. 

Ah! Eu amava a Artes 
Mas que importa isso? 
Que importa Educação Física? 
Na verdade, para que educação? 
Que país é esse?
Que país é esse?

O que querem é um bando de alienados 
Rebanho passivo que facilitem o domínio 
Que possam exercer o controle. 
Não querem um povo que pensam 
Eles dão muito trabalho. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Nunca mais verá o meu sorriso



Houve um tempo em que meu sorriso era espontâneo. 
Existia em mim uma felicidade 
Que fazia meu coração pulsar 
E eu nunca imaginava a saudade. 

Nunca mais verá o meu sorriso. 
O coração que ofereceu a ti o amor 
Já não tem a coragem de te encarar 
E carrega consigo imensa dor. 

O meu semblante estará sempre fechado. 
Como um pesadelo terrível na noite 
Despertei-me do sonho cruel 
E aceitei em mim o açoite. 

Sua alegria que se foi com o tempo me fazia sorrir. 
Já não existe aqui aquela flor 
Do jardim encantado na primavera 
Pois secaram na claridade desse calor. 

Nunca mais verá o meu sorriso. 
Mesmo que voltes da sua ausência 
Meus passos seguirão o pôr-do-sol 
Para tentar acalmar minha carência. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 20 de setembro de 2016

No brilho dos olhos teus


Os versos meus, todos eles,
Dentro do brilho dos olhos teus,
A percorrer pelo meu corpo
Toda esta forma única de te desejar.
Lembrando cada gesto nosso
Testemunhado pelas estrelas do céu,
E da vontade eterna de para ti
Inteiramente me confessar...!

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 13 de setembro de 2016

Se eu te amar


Se eu te amar 
Que seja amor verdadeiro; 
Se eu te tocar 
Que seja por inteiro. 
Se eu te sentir 
Que seja pelo coração; 
Se eu te ouvir 
Que seja minha canção. 

Seu olhar na imensidão 
Traz alento ao meu coração; 
Seu sorriso tão meigo 
É a força da minha emoção. 

Se eu te amar 
Que seja por toda vida; 
Se eu te tocar 
Que seja na alma sentida. 
Se eu te olhar 
Que veja sempre a sua beleza; 
Se eu te deixar 
Que não me esqueça da tua grandeza. 

Seu olhar tão intenso 
Provoca em mim a paixão; 
Seu sorriso tão singelo 
É a fonte da minha canção. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Não faz assim não


Não faz assim não 
Você é linda demais 
E não consigo manter os meus sentidos 
Sem me perder nesse teu olhar. 
Eu só queria caminhar sozinho 
Rumo ao desconhecido 
Sem medo de ser feliz 
Até do amanhã não mais me lembrar. 
Mas, ali estava você 
Como uma miragem no deserto 
Uma flor naquele jardim 
E eu fiquei deslumbrado assim. 
Seus olhos tão meigos 
Seu sorriso encantador 
Afastou de mim toda dor 
E me fez no amor acreditar. 
Não posso me esconder 
Do sentimento 
Que toma conta do pensamento 
E me faz te amar. 
Não faz assim não 
Você conquistou meu coração 
Então, ensine-me agora 
O caminho da felicidade! 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

A flor do meu jardim


Eu sempre quis poder expressar 
De forma simples e verdadeira 
O amor que sinto por ti 
E que digo sem brincadeira. 

Seus olhos sempre me fascinaram 
Pois revelam o poder da atração 
São eles a fonte da minha inspiração 
Que me move a escrever-te essa canção. 

Seu sorriso, sempre lindo e contagiante, 
Dos meus sonhos é a razão 
De caminhar com alegria 
Pois ele aquece meu coração. 

Você é à flor do meu jardim 
Que exala a mais suave fragrância 
Que me atiça os desejos 
E me acalma com sua elegância. 

Uma flor que quero sempre viva 
A deslumbrar o meu olhar 
Que me entregue o seu perfume 
E que saiba me amar. 

A ti dedico essa singela poesia 
Escrita com todo carinho e amor 
Aquela que sempre me fascinou 
À minha linda e meiga flor. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Onde escondo a minha dor


Descobri através do silêncio 
Que a vida segue a sua direção 
Como um rio desce as montanhas 
A dor falece no coração. 

O tempo fez-me esquecer 
O sorriso e a felicidade 
Que outrora contigo tinha 
E que agora tenho a saudade. 

Não é que o amor tenha acabado 
O contrário dito deve ser 
É que a solidão me ajuda a caminhar 
E seus olhos a esquecer. 

No mais profundo do coração 
É onde escondo a minha dor 
De uma inesquecível paixão 
E a ausência de um amor. 

Hoje sei caminhar sozinho 
E a jornada da vida trilhar 
Já não sinto medo do futuro 
Pois, outra vez, aprendi amar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

No mesmo caminho


No horizonte distante, 
Na noite fria de inverno 
Na escuridão do anoitecer 
No caminho deserto 
Vi você caminhando sozinha. 
Uma tristeza invadia sua alma 
E de seus olhos uma lágrima descia. 
O frio da solidão te fazia chorar, 
Tremer. 
Foi naquele caminho, naquele instante 
Que meus passos cruzaram com os seus 
Na minha alma uma solidão. 
Seus olhos fugiram dos meus 
Sua alma não queria o meu afago 
Na tristeza do meu coração 
Foi onde percebi 
Eu estava no mesmo caminho. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Juvenília


Quando era criança eu sonhava 
Em crescer, em amar, em escrever 
Contar ao mundo minhas ideias 
Tudo aquilo que passava em minha mente. 
As fantasias, as aventuras 
O herói das estrelas 
A salvar a donzela em perigo. 
Minhas obras da mocidade 
Com as folhas amarelas 
Contam imaginação de lugares que andei 
Nos meus sonhos a construir 
Os mais belos dos castelos que criei. 
Andei pelos desertos 
Pelos vales verdejantes 
Atravessei rios caudalosos em busca do amor. 
Por longos caminhos trilhados 
Hoje aqui cheguei. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense