terça-feira, 28 de março de 2017

Viagem


Meu coração suspira um amor 
Que meus olhos 
Na sombra da noite 
Procura te encontrar. 

Minha alma vagueia pelas sombras 
Na eterna manhã 
Procura seus olhos 
Na esperança de os amar. 

Sou a águia que paira no ar 
Voando na direção 
Do seu coração. 

Tu és a campina distante 
Que recolhes a flor 
Na beleza do amor. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 24 de março de 2017

Uma paixão pior do que mil mortes



Seus olhos tão serenos e perspicazes 
Transformaram o meu viver 
Meus pensamentos buscam seu coração 
E meus sonhos anseiam o teu ser. 

A paixão que arde no meu peito 
Causa-me uma tremenda dor 
Não consigo pensar direito 
E não sei sufocar esse amor. 

Preciso me libertar dessa angustia 
Que sufoca, sem piedade, meu coração. 
Quero viver livre como os pássaros 
E não mais pensar nessa paixão. 

Viver uma paixão como essa 
É pior do que mil mortes nessa vida 
Busco me libertar dessas algemas 
Que me faz ser uma alma perdida. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 7 de março de 2017

Mulher - Suspiro por ti (homenagem ao dia internacional da mulher)



Quão preciosa és a minha vista 
Exuberante, bela e sedutora. 
Luz que ilumina minha alma 
Na vida és sempre batalhadora. 

Não existem palavras que possam 
Enaltecer o seu sublime ser 
Pois, você é a razão da minha vida 
É o motivo por qual amo viver. 

Seu olhar misterioso e encantador 
Seu sorriso lindo e sedutor 
Transformam as tristezas da vida 
Em alegrias da nossa lida. 

Como não sentir felicidade 
Depois de ver o seu lindo olhar 
Ou não matar toda saudade 
Depois de seu sorriso contemplar? 

Mulher, tu és especial 
Suspira por ti meu coração 
E, nessas palavras, minha homenagem 
A quem sempre nos acende a paixão. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sábado, 4 de março de 2017

Os miseráveis


Os miseráveis são estes que perambulam 
Pelas ruas da cidade 
Sem esperança no coração 
E nenhuma felicidade. 
Choram pelas madrugadas 
Lágrimas de uma triste solidão 
De sonhos que se foram de repente 
Sem ter nenhuma explicação. 

Os miseráveis são aqueles que estão nos templos 
E adoram uma falsa ilusão de um deus inexistente 
Com falácias superficiais e artimanhas crués 
Enganam as almas de muitos inocentes. 
Lobos devoradores que destroem 
Os sonhos e esperanças de raquíticos seres humanos 
Presos as ideologias contemporâneas 
Que só servem para a degradação da alma. 

Os miseráveis são aqueles que vivem 
Sob o domínio das três teologias que moldam o mundo atual: 
A teologia da auto-ajuda, da prosperidade 
E do empreendedorismo. 
O que se prega e se ensina está baseado nestes pilares 
Acredite em você! 
Você é capaz! 
Ame-se! 
Dane-se os outros! 
Você nasceu para ser cabeça e não cauda. 
E porque quase metade da humanidade está passando fome? 
Desperte o empreendedor que há em você! 

Os miseráveis são estes que acreditam nestas baboseiras 
Falácias e mais falácias 
De um mundo em caos, 
Em perigo de auto destruir-se. 

Não há um lugar onde possa me esconder 
Tudo está tão patente aos nossos olhos 
E eu tenho que me adaptar ao sistema 
Que corrói a minha alma até o fim. 

O que devo fazer 
Se sou um miserável em meio a tantos miseráveis? 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 3 de março de 2017

Sabes ler o meu olhar?



Falar de amor é complexo 
Pois dele nada sabemos ao certo. 
Mas, amar os seus olhos é real, 
E quero sempre tê-los por perto. 

A paixão que arde em meu peito 
Revela um amor sem precedente 
Que me leva a imaginar-te 
Em todos os recantos da minha mente. 

Se quiseres ter a certeza disso 
Basta ler o meu olhar 
Então conhecerás o encanto do coração 
Que nasceu para te amar. 

Sabes ler o meu olhar? 
Ficará feliz se saber 
Pois eles, na magia do silêncio, 
Só sabem te querer. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quinta-feira, 2 de março de 2017

Vou caminhar sozinho


As palavras parecem vazias 
Elas não surtem efeitos. 
Eu choro lágrimas efêmeras que saem de meus olhos 
Atônitos de tanto visualizar essa besteira toda. 
Minhas mãos querem tocar alguma coisa 
Que tenha a capacidade de firmar os meus passos. 
Não há saída para a angústia que permeia 
Meus sentimentos 
E eu busco seus olhos no entardecer. 
Você está distante 
Mas tento te alcançar mesmo assim. 
Não sei porque se foi 
Se a jornada ainda não terminou. 
Sinto a brisa do final do dia tocar meu rosto 
E subo a mais alta montanha de onde quero gritar 
O seu nome até estourar os meus pulmões. 
Seus olhos se fecharam a última vez que os vi 
E não me revelou o seu coração. 
Uma dor cruel me acompanha por onde vou 
E meus passos são indecisos. 
Você sempre foi a minha inspiração 
E nunca leu os meus poemas com a devida atenção. 
Quantas palavras saíram do meu coração 
E foram parar na lata de lixo por ser uma ilusão. 
Sem você o tempo passa lentamente 
E as estrelas são encobertas pelas nuvens escuras 
Do meu olhar. 
Eu não me acostumo sem você aqui 
E não quero sentir outra vez o seu perfume 
Que me lembra um jardim em flores na primavera. 
Vou caminhar sozinho 
Pela estrada vazia e deserta 
Que contemplo na minha frente. 
Seus olhos meigos cheios de vida 
São as melhores lembranças que guardo no coração. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense