quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Os olhos de Bartimeu



Ah! Eu nunca vi a luz do sol
Apesar de sentir o seu calor;
Eu nunca vi as cores do amanhecer
E isso me causa muita dor.

Queria ver as estrelas
E os pássaros no céu a voar;
Desejo muito ver as campinas
E nos campos poder andar.

Mas meus olhos estão cegos
E no caminho vivo a mendigar;
Uma oportunidade de viver
E livremente poder caminhar.

Eis que ouço um grande alvoroço
E sei que é o Filho de Davi;
Jesus Cristo de Nazaré
Que hoje passa por aqui.

Então grito a todos os pulmões
Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim;
Querem me calar
E grito mais alto, pois Ele me ouve assim.

Sinto-O se aproximando de mim
Com grande compaixão;
Sua voz suave e macia a me chamar:
O que queres seu coração?

Mestre, que eu tenha vista
É o desejo maior do meu coração.
Vê, a tua fé te salvou, diz Ele
E o sigo com toda devoção.

De tudo que sempre desejei ver
Meus olhos viram a maior beleza;
O rosto de Jesus
Que tirou de mim toda tristeza.

Poema: Odair

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