Um dia bati asas e voei.
Distante do lar
Procurei viver minha vida.
Os sonhos de liberdade
Os anseios de felicidade
Motivaram-me a sair.
Entreguei-me a vida boemia,
Vivi os amores
As ilusões e os calores do mundo.
Vaguei sem rumo
A esperança se foi
E perdido fiquei.
A saudade de casa
Do abraço carinhoso do pai
O calor da família
Fazia-me lembrar do quanto era feliz.
Agora, abandonado na sarjeta,
Sem rumo na vida
Olho para a casa do pai.
Como voltar?
Com os passos trôpegos e indecisos
Ponho-me a caminhar.
Mesmo que seja tratado como um servo
A vida em casa será melhor do que essa que vivo.
O dia do regresso chegou.
Os olhos de meu pai se enchem de lágrimas.
Para minha surpresa
Ele me abraça e diz:
_ Que bom ver você de volta!
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense
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