Quando o tempo tece seu manto de prata,
E os anos deixam marcas em tua pele,
Para onde vão os velhos, quando parece ser o fim?
Para o reino da memória, onde o tempo é eterno,
Onde as lembranças dançam em suave reverência,
E os sorrisos são tesouros guardados com carinho.
Para onde vão os velhos quando os passos fraquejam,
E os olhos buscam horizontes já distantes?
Vão para o abraço sereno do entardecer,
Onde o sol se despede com ternura,
E a lua os embala com sua luz cintilante,
Na melodia suave dos sonhos que se constroem.
Para onde vão os velhos quando as histórias se acumulam,
E as páginas da vida começam a virar mais devagar?
Vão para o jardim secreto da sabedoria,
Onde cada flor guarda um segredo,
E cada árvore sussurra uma lição,
Em um eco suave que ressoa pela eternidade.
Para onde vão os velhos quando o tempo os chama,
E a jornada terrena chega ao seu ocaso?
Vão para a imensidão do amor que os cerca,
Onde cada lágrima é enxugada com ternura,
E cada adeus é apenas um até breve,
No eterno ciclo de renovação e gratidão.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Nenhum comentário:
Postar um comentário