sábado, 20 de abril de 2024

Armadilhas ou ratoeiras

Não existe atraso debaixo dos seus olhos 
Se você consegue ver além das aparências 
Nem mesmo o pior dos pesadelos noturno 
Podem afastar a sua segurança interna 
Se souber cuidar da sua mente insana 
Tornar-se-á um enrijecido atalaia moderno. 

Eu digo isso com toda convicção 
Porque ninguém se importa mais com a maturidade 
São robôs controlados por mãos trêmulas 
De bêbados espalhados pelas salas vazias 
Um tempo que custa muito caro 
Para todos aqueles que esperam uma saída. 

Toda a existência sufocante perde seu sentido 
Quando descobrimos o esconderijo secreto 
Quando a alma tem seus segredos revelados 
Não se pode esconder uma luz debaixo da coberta 
Nem dos olhos perspicazes de bisbilhoteiros 
E, então, tudo vem a tona no momento errado. 

Existe nos cantos lúgubres da sociedade 
Pessoas que destilam inverdades o tempo todo 
Espalham mentiras glamourosas que corroem 
Esses são os assassinos reluzentes 
Que convivem entre nós e sorriem durante o dia 
Planejando o seu crime para o crepúsculo. 

Aqui está um fiel retrato de nossos reflexos 
Uma odisseia corriqueira de um mundo em convergência 
Não podemos saber ao certo o que há no caminho 
Se são apenas armadilhas ou ratoeiras desarmadas 
Todo dia esconde-se uma sinfonia sinistra 
E um esquartejador de calendário na escuridão. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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