sexta-feira, 9 de setembro de 2022

O menino que não sonhava em ser poeta

 Caminhando com os pés descalços 
Correndo entre lamas e poeiras 
Só desejava sentir o vento em seu rosto. 
 
Observava as flores e as borboletas 
Ouvia os pássaros nas árvores 
E via as nuvens sendo levadas pelo vento. 
 
Imaginava sendo um herói em batalhas épicas 
Salvando o grande amor de sua vida 
Combatendo contra os vilões mais perversos. 
 
Sentia a brisa tocar seu rosto nas manhãs frias 
Antes do sol nascer rumo as lavouras de cana 
E sabia que esse não seria o seu destino final. 
 
Nunca sonhou que seria um poeta 
Que deixaria sua imaginação o levar mais longe 
Muito além do que um dia pudesse imaginar. 
 
E assim a sua história foi sendo construída 
Nas memórias de tempos perdidos nas lembranças 
E no tempo imaginado em sua mente cheia de fantasias. 
 
O mundo em sua imaginação é perfeito 
Porque tem liberdade de viajar por onde quer 
Mesmo que nunca tenha sonhado ser um poeta. 
 
O tempo passa de forma inexplicável 
Dias tristes são demorados e tediosos 
Enquanto os dias alegres são velozes e raros. 
 
Sente na alma a alegria da eternidade 
Em seus olhos pode se ver a felicidade 
Em saber que seus pensamentos o levaram muito longe. 
 
Então deixa-se descansar das recordações 
E registra suas memórias em canções 
Sabendo que a eternidade está em seu pensamento. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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