terça-feira, 30 de outubro de 2018

Poemas esquecidos numa noite qualquer


Eu nunca pensei que seria assim tão triste 
Sem a certeza de olhar na borda do mundo 
E buscar o alento para aquela alma 
Que tristemente partiu na manhã do tempo. 
E olha que eu só queria ser feliz 
Mas parecia ser pedir demais 
Andar na estrada deserta do seu amor 
E voar os espaços dos seus sonhos. 
E foi ali que eu me perdi 
Mas não chorei pelo medo que senti 
E sim pela dor da ausência 
Que me fez pensar outra vez. 

Eu nunca pensei que seria fácil 
Esquecer as manhãs de brisa 
Onde via o sol nascer lentamente 
Ofuscando minha visão tão solitária. 
E eu sempre pensava em você 
E a buscava em cada flor que via pelo caminho 
Da minha eterna busca. 
Mas não havia mais esperança 
Que pudesse socorrer os meus olhos 
De desejar alcançar o fim do mundo 
Sem saber que ele já havia passado. 
O que esperava ao vislumbrar as estrelas 
Era não poder deixar seus passos 
Se perderem de mim. 

Eu imaginava o fim do mundo sozinho 
No alto daquela montanha ao longe esquecida 
Mas não sabia que lá estavam seus olhos 
Por tanto tempo perdidos na solidão. 
As nuvens eram levadas pelo vento 
Que silenciosamente tocava as rochas 
E deixava escapar um sussurro de solidão 
Que podia ser ouvido de tão longe 
Quanto o grito dos pássaros. 

Nos meus sonhos eu viajei 
Para as planícies mais distantes 
Que meus pensamentos puderam me levar 
Na esperança de esconder-me dos seus encantos 
Que vivem a povoar meus pensamentos. 
Quero deixar o medo de lado 
E buscar naquele horizonte 
Uma forma de esquecer tudo isso 
Que atormenta minha mente insana. 

Uma escuridão tenebrosa 
Ao longe vai se formando 
E não muito lentamente de mim se aproxima 
Mas eu não tenho medo. 
Deixo-me descansar no tronco desta frondosa árvore 
Enquanto suas folhas descem sobre mim 
E são levadas pelo vento 
Juntamente com meus sentimentos por você. 

Agora eu percebo tudo isso 
E não quero mais correr atrás do vento 
Que varrem as incertezas do coração 
Que sangra sem razão. 

Eu não queria dizer adeus e por isso não sorri 
Mas olhei no distante dos seus olhos 
E vi aqueles sorrisos enferrujados 
E castigado pela dor da ilusão que te acompanha. 
Não sou dono de mim mesmo 
E não quero mais andar na contramão do que sinto 
Na alma triste da hora que passou 
Sem que eu ao menos percebesse 
Que você silenciosamente partia sem dizer adeus. 

E você fica atônita me perguntando o que é tudo isso 
Que você não consegue compreender 
Mas que toca profundamente a sua alma 
Tão inocente de tanto sofrer. 
Eu não quero que você entenda a minha dor 
Que não se afaste sem perceber 
Que na solidão é que me deixo crescer 
Sem medo de magoar seu coração. 
São apenas 
Poemas esquecidos numa noite qualquer 
E que você jamais irá encontrar 
Para saber o que se passa no meu coração. 

Eu nunca pensei que poderia ser tão feliz 
Em deixar que meu coração falasse 
A linguagem do amor 
Como faço nesta hora. 
Não aprendi dizer adeus 
E não quero que você vá 
Mas deixo você ir sem medo de sofrer 
A solidão me faz companhia e a saudade 
Não me deixa te esquecer. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Aceito a punição desse pecado


Durante muito tempo ficou escondido 
Dentro de nós aquele ardente desejo; 
Só que enfim, mais que subitamente 
Aconteceu no pecar daquele beijo. 

E o instante do amor foi tão ardente 
E ao meu coração fez tanto bem 
Que passada a agonia, também, 
Tornou-se para nós algo inocente. 

Alegro-me por essa loucura 
Que uniu nossa alma e redime 
Todos os anos de sonho e amargura. 

Se esse desejo de ficar ao seu lado 
Viver essa delicia, for crime, 
Aceito a punição desse pecado! 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Ah! Esse desejo...



Minhas mãos desfilam pela consciência 
De um desejo tão profundo 
Que tento sufocar toda vez que te vejo 
A desfilar sua sensualidade pelo mundo. 

A beleza de seu corpo esbelto 
Que realça suas curvas ao caminhar 
Seu sorriso tão espontâneo e sedutor 
E o mistério do seu lindo olhar. 

Provoca em mim o mais nefasto desejo 
De possuir-te na magia do amor. 
Caminhar com você nas nuvens sagradas 
Da mais louca paixão e fervor. 

Controlar esse desejo é um desafio 
Que tento as duras penas sustentar. 
Mas toda tentativa é desfeita 
Quando vejo você em minha frente passar. 

Minha imaginação te leva 
Aos lugares da eterna sedução 
E se realiza ao despir-te da distância 
Que separa-nos da paixão. 

Desejo-te com um desejo salutar 
Daqueles que não dá sossego ao sentimento 
Pois amanheço pensando em você 
E não consigo tirar você do pensamento. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Esgotamento mental



O fatídico 
O esdrúxulo
Inescrupuloso 
Tormento de noites insanas 
A perturbar a minha alma. 
Nem o meu grito pode ser ouvido 
Sufocado que é pela angústia 
De uma solidão vazia. 
Um esgotamento mental 
De conviver com a mediocridade 
De homens, 
Mulheres, 
Crianças controladas pela mídia 
Ideologias de um mundo em frangalhos. 
Solto as amarras 
Quero libertar-me de tudo isso 
Desse esgotamento mental 
Que dilacera os meus sonhos. 
Aqueça-me com teu sol 
E brilhe na minha alma 
Como a lua cheia. 
Esse esgotamento mental 
Não pode sugar minhas ideias 
Nem conduzir-me ao ostracismo 
De uma vida miserável. 
Ergo-me das cinzas 
E luto bravamente contra todas as mazelas 
De intelectos miseráveis
Pois, a minha liberdade é melhor. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Seu nome gravado no meu pensamento



Existe em mim um sentimento tão grande 
Um amor que não sai do meu coração 
E eu quero gritar ao mundo inteiro 
O quanto eu amo a beleza que vem de ti. 
É um sentimento que aumenta a cada dia 
Que me faz pensar em você toda hora. 
No silêncio do meu caminhar os seus olhos 
Fazem companhia aos meus pensamentos. 
Tenho que confessar o que sinto 
Já não posso guardar em meu peito 
Este sentimento que é tão profundo 
E que me faz pensar em você o tempo todo. 
Tenho seu nome gravado no meu pensamento 
E é gostoso pensar em você. 
Sinto a brisa da manhã tocar o meu rosto 
E nasce em mim a esperança de ver você sorrir. 
Não me pergunte porque te amo tanto 
Eu não saberia responder 
Só sei que tenho guardado comigo 
Um amor tão sublime que é todo seu. 
Deixe-me pegar em suas mãos 
E andar pelas nuvens da eternidade 
Para que eu possa entender este amor 
Que vi nascer no seu olhar. 
Tenho seu nome gravado no meu pensamento 
E durante o dia você é o meu sonho mais bonito 
Quando a noite chega você é realidade 
No meu coração que só sabe pensar em você. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

domingo, 14 de outubro de 2018

Coração insensível


Ela caminhava lindamente pelo pátio da universidade 
Parecia uma deusa revestida de humanidade a desfilar pela terra 
Seus olhos encantadores realçavam sua beleza 
E seu sorriso era muito sedutor. 
Esplendidamente bela ela caminhava sem pressa 
E sorria como se o mundo a pertencesse. 
Parecia não ter medo de nada 
E carregava consigo a magia do amor verdadeiro. 
Era bela como uma sereia e desfilava sorridente pelos corredores 
Sob os olhares de toda aquela gente. 
Meu coração bateu mais forte 
Ao desejar o seu amor. 
Mas como fazer para conquistar aquele coração? 
A única saída era arriscar-me uma aproximação e deixar acontecer 
O que o destino havia nos reservado. 
Não sei dizer ao certo se foram minhas palavras poéticas 
Ou meu jeito tímido na abordagem 
Mas seus olhos brilharam para mim e quis descobrir seu coração. 
Um encontro foi marcado e o amor poderia acontecer. 

Uma tarde de amor inesquecível nos braços daquela deusa 
E meu coração não batia, corria loucamente. 
Sua pele suave e perfumada 
Sua voz tão delicada e sensual falando aos meus ouvidos 
Palavras de amor e obscenidades 
Causaram em mim a sensação maravilhosa do êxtase. 
A taça de vinho, os beijos de sedução, os gemidos de prazer 
Uma tarde perfeita para nunca esquecer. 
Uma deusa perfeita para amar e na minha mente a grande pergunta: 
Seria ela meu grande e verdadeiro amor 
Que procurei a minha vida toda? 

À noite o nosso encontro foi no calçadão da Praça Barão 
Ao som de uma boa música ao vivo, chopp e sorrisos. 
Ela linda em uma alegria contagiante 
E eu a deslumbrar toda aquela euforia. 
O mundo nos pertencia 
E não precisava de mais nada para ser melhor. 
Meu coração radiante com aquela beldade a minha frente 
E meus pensamentos a voar em seus sonhos. 
O amor, finalmente havia sorrido para mim. 

Uma senhora não muito velha caminhava tristemente pela praça 
Duas crianças a tiracolo pareciam desnutridas e com fome. 
Do meu local eu observava seus movimentos 
E interpelações aos transeuntes ao pedir-lhes alguma moeda. 
Por um instante meus pensamentos foram até aquela senhora 
Por que estaria naquele sofrimento? 
A mulher atravessou a rua e veio em nossa direção 
Eu a acompanhava com meu olhar e ela chegou perto da nossa mesa 
Não tive tempo de falar nada e só observei 
Aquela garota ali comigo foi abordada pela senhora com as crianças 
Olhou para elas 
Por um instante eu pude notar a indiferença e o desdém 
Engoli em seco quando ela chamou o garçom e pediu para que as afastassem dali. 
Seu sorriso se fora 
Seu olhar era desprezível 
E seu coração fora revelado. 
Em mim a sensação de surpresa e decepção. 
Como uma moça tão linda como aquela 
Poderia ser tão insensível ao sofrimento humano? 
E todo o amor e admiração que sentia por ela acabou em cinzas. 
Em mim já não havia o desejo de estar com ela 
Seus sorrisos agora me causavam angústia e eu só queria ir embora. 
A sua beleza exterior fora sucumbida pela sua alma insensível 
E meu amor por ela morreu naquela noite. 

Em meu silêncio e em meio às lágrimas 
Vejo o olhar daquelas crianças com fome 
E a insensatez do coração humano. 
Lembro-me, então, de ter me levantado 
Com educação perguntei o que desejavam 
- Moço, tenho fome e minhas filhas também. 
E, mesmo sabendo que era muito pouco a se fazer, 
Dei-lhes, naquela noite, o alimento que precisava. 
Minha alma chora neste silêncio 
A ilusão de mais uma decepção com as pessoas desumanas 
Que habitam entre nós. 
No celular as mensagens e ligações 
De alguém que nunca mais atenderei... 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Uma tarde de amor inesquecível



Você perguntou-me o que estava pensando 
E eu não sabia o que responder. 
Não era possível expressar em palavras 
A sensação maravilhosa daquele momento. 
Uma tarde de amor inesquecível 
Onde o tempo poderia ser parado para sempre 
Para que nossos corpos fossem eternizados 
Naquele abraço tão aconchegante. 
Minhas mãos a percorrer o seu corpo 
Causando-lhe a sensação de êxtase 
Manifestada na pele arrepiada 
E os suspiros de uma mulher amada. 
As palavras que falamos 
Os sonhos que revelamos 
Foram apenas intercalados 
Pela volúpia de um amor tão selvagem. 
O que posso descrever desse momento mágico 
Que desejo eternizar para sempre 
É descrito pela sensação causada por você 
No coração de quem vive essa emoção. 
Você chegou de mansinho 
E eu controlava a ansiedade da espera 
E você tão meiga sentiu o perfume 
Que havia no ambiente preparado. 
Um abraço apertado 
Um beijo a tanto desejado 
O cheiro suave de seu perfume 
Misturado com a sua sensualidade. 
Tão sedutora como a flor de um jardim 
Você é o melhor sonho para mim 
Que este momento possa se repetir 
Em outras tantas tardes de amor. 
Você é a melhor coisa que poderia me acontecer 
Sempre vou dizer isso de coração 
É a minha melhor fonte de inspiração 
Que irei falar enquanto viver. 
Esta tarde foi maravilhosa 
Porque você a fez acontecer com amor 
Sua presença foi muito importante 
Uma delícia sentir o seu sabor. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Quando você voltar para mim


Por mais que eu possa tentar 
Nego-me a acreditar que esse amor 
Tenha chegado mesmo ao fim. 
Eu que sempre fui tão apaixonado 
Pelo seu lido olhar 
Não posso crer que não pensa mais em mim. 

O amor que sempre dediquei a ti 
Ainda transborda em meu coração 
E me faz com você sonhar. 
Não é possível que tenha partido 
E deixado apenas a solidão 
Tão cruel e sorrateira a me acompanhar. 

Quero acordar deste pesadelo 
E ver os seus lindos olhos na minha frente 
Como se nunca tivesse ido embora. 
Não permita que eu fique aqui sozinho 
Sem ter o seu carinho 
Prometa-me que voltará sem demora. 

Deixe-me pegar em suas mãos 
E caminhar rumo ao horizonte distante 
Sem medo de ser feliz. 
Seja você o meu grande amor 
Que trás paz ao meu coração 
Aquela que junto a mim sempre quis. 

Volte meu amor 
Queira ao meu lado para sempre ficar 
E esqueça todo mal que passou. 
Seja a minha fonte de inspiração 
Afasta de mim toda dor 
Pois, por você perdido estou. 

Quando você voltar para mim 
O sol há de brilhar mais forte 
E ao meu coração dará mais calor. 
Você sempre será a menina dos meus olhos 
Aquela que navega em meus sonhos 
E que trás a minha alma o amor. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Um Estranho no Ninho



Não encontro meu lugar, 
Meus olhos estão vermelhos 
Inchados de tanto lamentar. 
Uma tristeza abstrata invade meu ser. 
Demônios sobrevoam meus espaços 
Sufocam-me de pavor. 
Uma mistura de medo e sofrimento 
Abate-se sobre minha alma aflita e desorientada. 
O caminho é espinhoso. 
As noites são escuras, sem brilho nenhum. 
Preso aos grilhões da desilusão 
Algemado às correntes da incerteza 
Meus passos são trêmulos e sem rumo. 
Não encontro um ombro amigo 
Para ajudar-me nesse instante. 
Os olhares são fugazes 
Arrasadores mesmo 
Arrancam pedaços de minha carne. 
Sinto as fagulhas do inferno a me torturar 
Na tristeza de um dia sem esperança. 
Sinto-me um estranho no ninho 
Longe da sua estação 
Perdido no tempo 
Sem saber onde é o norte. 
Vivo um pesadelo 
Do qual não consigo me despertar. 
Minha vida sem sentido 
Caminha nas margens desse purgatório 
Sentindo as labaredas do Hades 
Que me sufocam e aterrorizam. 
Quero me libertar 
Preciso de salvação, libertação, 
Se isso ainda é possível. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Cáceres 240 anos!



Uma das mais belas e impávidas cidades do Brasil 
Com uma história incrível (mal contada, é certo), 
Às margens do Rio Paraguai 
Ergue-se impávida e colossal. 
Eis uma síntese do que é a cidade de Cáceres. 
Cheia de atrativos diversos e gente hospitaleira. 
Uma cidade que constrói, ao longo do tempo, uma história 
E se mantêm em constante transformação. 

Nasci e cresci aqui neste chão (para mim sagrado) 
E preocupo-me com o seu desenvolvimento. 
O povo, em sua maioria, são pessoas 
Que batalham de sol a sol para a bem da cidade. 
Tem muita gente boa nessa cidade. 
Muita mesma. 
Gente que trabalha em prol da melhoria de vida 
Dos menos favorecidos e gente que se diverte. 
O cacerense é abençoado por Deus 
E tem que valorizar esse pedaço de chão. 

Nesse dia especial 
Em que completa seus 240 anos
Deixo aqui minha singela homenagem 
A essa que é a melhor cidade do mundo para se viver. 
Se cada um de nós abraçarmos a causa 
E está na hora de cada um de nós olharmos 
Com atenção para a construção de uma Cáceres melhor. 
Dessa forma vamos construir 
E transformar esse paraíso histórico 
Em orgulho para todos os cacerenses. 
Só não podemos esperar 
Mais 240 anos para que isso aconteça. 
A mudança começa agora! 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense


segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Quando não houver mais sol



Aquele olhar que tanto esperou 
O sorriso que desejava 
E já não pôde ver 
A brisa do amanhecer. 
Havia uma tristeza 
De um tempo que passou 
Uma vida que se foi 
E da solidão não entendia nada. 
A esperança que viu em seus olhos 
Que pensara entregar-lhe o coração 
Já não existe no seu pensamento 
O sonho de amor que desejou. 
Quando não houver mais sol 
É que vais perceber o que perdeu 
O arrependimento de não ter lutado 
Pelo amor que trazia em seu coração. 
Uma lágrima, então, 
Do coração há de brotar 
Que escorrerá pelo rosto 
Já cansado de tanto sofrer. 
Mas, agora é tarde demais 
O sonho já se foi 
E aquele amor tão esperado 
Não pode mais acontecer. 
Quando não houver mais sol 
Saberá que o tempo é cruel 
Com aqueles que vacilam 
E não sabem perceber o amor. 
Agora a solidão aperta 
Sendo-lhe a única companhia 
Nas noites frias de desespero 
Que buscou para si mesmo. 
Por onde ela andará 
E o que leva em seu coração 
Nunca poderá saber ao certo 
Pois, não existe mais esperança. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense