segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Quando não houver mais sol



Aquele olhar que tanto esperou 
O sorriso que desejava 
E já não pôde ver 
A brisa do amanhecer. 
Havia uma tristeza 
De um tempo que passou 
Uma vida que se foi 
E da solidão não entendia nada. 
A esperança que viu em seus olhos 
Que pensara entregar-lhe o coração 
Já não existe no seu pensamento 
O sonho de amor que desejou. 
Quando não houver mais sol 
É que vais perceber o que perdeu 
O arrependimento de não ter lutado 
Pelo amor que trazia em seu coração. 
Uma lágrima, então, 
Do coração há de brotar 
Que escorrerá pelo rosto 
Já cansado de tanto sofrer. 
Mas, agora é tarde demais 
O sonho já se foi 
E aquele amor tão esperado 
Não pode mais acontecer. 
Quando não houver mais sol 
Saberá que o tempo é cruel 
Com aqueles que vacilam 
E não sabem perceber o amor. 
Agora a solidão aperta 
Sendo-lhe a única companhia 
Nas noites frias de desespero 
Que buscou para si mesmo. 
Por onde ela andará 
E o que leva em seu coração 
Nunca poderá saber ao certo 
Pois, não existe mais esperança. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

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