Olhe para o que acontece a sua volta.
Consegue enxergar alguma coisa?
Tudo está bom.
Não existe crise (dizem uns)
É só olhar os supermercados e bares abarrotados de gente...
E os hospitais e os ganha - tempo,
Também não estão abarrotados?
Lava-jato e merenda escolar onde estão?
Por outro lado (tudo é crise)
E o que foi conquistado?
Olhe bem para o Cristo Redentor.
O que consegue ver?
Não passa de um Colosso de Rhodes.
Exagero?
Olhe para o Maracanã, Mineirão ou Morumbi.
O que vês?
Réplicas do Coliseu Romano.
Pão e circo?
Tire suas próprias conclusões.
Olhe, então, para Brasília
E veja uma polis grega.
Então olhe para o espelho.
O que consegue ver?
Narciso.
Mas, então, olhamos nossos jovens.
Revolucionários?
Não. Reacionários.
Continue olhando...
Olhe o operário.
O que você vê?
Escravo.
O sem terra, teta.
O latifundiário. Um senhor feudal.
Um religioso. Um dogmático.
Ah! Chega.
Devo fechar meus olhos.
Só vejo barbaridades.
Olho o presente e vejo o passado
O futuro.
O que será?
Isso tudo não passa de um golpe (sujo).
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense.
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