sábado, 2 de abril de 2016

Não é o sábio que vai entender esse mundo


Olha tudo isso que acontece 
Tudo que nos faz pensar na realidade 
O sonho que é desfeito 
Pelo som ensurdecedor do silêncio dos inocentes. 
Mas, não existe inocente 
Nas casas, nas vilas, nas cidades... 
Há violência nas ruas 
Nas praças 
Nas vidas roubadas 
No silêncio das madrugadas... 
E os braços estão amarrados 
Mentes alienadas por uma sociedade hipócrita 
Sangue na areia 
Rancor nas veias... 

Não é o sábio que vai entender esse mundo 
É o tolo que diz 
Na minha busca pela compreensão 
Padeço da ilusão 
De que o mundo será melhor. 
Melhor para quem? 
Se sozinho não vive ninguém. .. 

Abra seus olhos e veja 
O brilho dos olhos meus 
Na procura incessante 
Para encontrar naquele instante 
A resposta para as perguntas 
Que nem fiz ainda. 

Não chore não, meu bem, 
A lua brilha lá fora 
A espera de alguém 
Que ao menos irá olha-lá 
Sem a intenção de alcança-lá. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense.

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