As palavras parecem vazias
Elas não surtem efeitos.
Eu choro lágrimas efêmeras que saem de meus olhos
Atônitos de tanto visualizar essa besteira toda.
Minhas mãos querem tocar alguma coisa
Que tenha a capacidade de firmar os meus passos.
Não há saída para a angústia que permeia
Meus sentimentos
E eu busco seus olhos no entardecer.
Você está distante
Mas tento te alcançar mesmo assim.
Não sei porque se foi
Se a jornada ainda não terminou.
Sinto a brisa do final do dia tocar meu rosto
E subo a mais alta montanha de onde quero gritar
O seu nome até estourar os meus pulmões.
Seus olhos se fecharam a última vez que os vi
E não me revelou o seu coração.
Uma dor cruel me acompanha por onde vou
E meus passos são indecisos.
Você sempre foi a minha inspiração
E nunca leu os meus poemas com a devida atenção.
Quantas palavras saíram do meu coração
E foram parar na lata de lixo por ser uma ilusão.
Sem você o tempo passa lentamente
E as estrelas são encobertas pelas nuvens escuras
Do meu olhar.
Eu não me acostumo sem você aqui
E não quero sentir outra vez o seu perfume
Que me lembra um jardim em flores na primavera.
Vou caminhar sozinho
Pela estrada vazia e deserta
Que contemplo na minha frente.
Seus olhos meigos cheios de vida
São as melhores lembranças que guardo no coração.
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense
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