quarta-feira, 24 de agosto de 2016

E o silêncio tomou conta de mim



E o silêncio tomou conta de mim 
E eu bem que queria imaginar 
Que tudo isso não passasse de um tempo perdido 
De uma ilusão que escorre pelos dedos 
Porque eu sou tão jovem 
Para querer mudar o mundo. 
Mas, na solidão dos meus dias 
Não havia grito na penumbra 
Nem o vento queria soprar as folhas 
Apenas o silêncio existia... 
E permanecia na escuridão da noite. 
Busquei um esconderijo 
Onde pudesse me refugiar 
De tudo que me fazia pensar nos seus olhos 
E eu não sei como tudo isso aconteceu. 
Então, o silêncio tomou conta de mim 
E eu adormeci 
Sabendo que a noite escura me condenava 
Tal qual um peregrino na jornada. 
Mas isso não importava muito 
Porque eu só queria estar longe outra vez 
Do sonho que um dia 
Se apossou dos meus sentimentos. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

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