E o silêncio tomou conta de mim
E eu bem que queria imaginar
Que tudo isso não passasse de um tempo perdido
De uma ilusão que escorre pelos dedos
Porque eu sou tão jovem
Para querer mudar o mundo.
Mas, na solidão dos meus dias
Não havia grito na penumbra
Nem o vento queria soprar as folhas
Apenas o silêncio existia...
E permanecia na escuridão da noite.
Busquei um esconderijo
Onde pudesse me refugiar
De tudo que me fazia pensar nos seus olhos
E eu não sei como tudo isso aconteceu.
Então, o silêncio tomou conta de mim
E eu adormeci
Sabendo que a noite escura me condenava
Tal qual um peregrino na jornada.
Mas isso não importava muito
Porque eu só queria estar longe outra vez
Do sonho que um dia
Se apossou dos meus sentimentos.
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense
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