domingo, 14 de agosto de 2016

Pai, minha expressão de amor



Era já alta noite e o vento frio soprava lá fora 
Meus olhos já se fechavam 
Seus passos silenciosos, 
No entanto, vinha em minha direção 
E estendia sobre mim o cobertor. 
Naquela noite eu não sentiria frio 
Pois havia sobre mim a proteção de meu pai. 
Quantas noites ele passou em claro 
Em cima de um trator ele trabalhava 
Enquanto o frio apertava cada vez mais 
Eu ouvia o roncar do motor 
Misturado com o uivo do vento a soprar lá fora. 
Outras noites nas madrugadas 
Ao acordar eu podia ver 
Ele de joelhos dobrados ao lado da cama 
Intercedendo pelas nossas vidas! 
E hoje me pergunto se isso não é a causa 
De estarmos todos bem. 
Os anos se passam 
Sua barba está branca 
E o senhor ainda passa os dias trabalhando 
Fazendo garapa, rapadura e outras coisas mais. 
De todas as coisas boas que aprendi 
A admiração pela sua confiança em Deus 
É a que mais toca o meu coração. 
Quisera eu ter a fé inabalável 
Que move a sua vida 
E o entendimento das escrituras sagradas 
Que tenta passar para mim. 
Peço a Deus que nos dê tempo 
Para juntos escrevermos essas mensagens 
Que tocaram muitos corações. 
Posso não saber demonstrar 
E isso, talvez, aprendi com o senhor, 
Mas eu o amo de todo meu coração. 
O senhor sempre foi o baluarte da minha vida 
E, pode ter certeza de uma coisa, 
Que nunca vou esquecer os seus conselhos 
E lições para minha vida. 
Neste dia especial receba o meu carinho 
Da forma que mais sei expressar: 
Nesta poesia! 
Te amo, meu pai! 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense 
Dedicado: Meu pai - Sr. Josuel Marins da Silva

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