Era já alta noite e o vento frio soprava lá fora
Meus olhos já se fechavam
Seus passos silenciosos,
No entanto, vinha em minha direção
E estendia sobre mim o cobertor.
Naquela noite eu não sentiria frio
Pois havia sobre mim a proteção de meu pai.
Quantas noites ele passou em claro
Em cima de um trator ele trabalhava
Enquanto o frio apertava cada vez mais
Eu ouvia o roncar do motor
Misturado com o uivo do vento a soprar lá fora.
Outras noites nas madrugadas
Ao acordar eu podia ver
Ele de joelhos dobrados ao lado da cama
Intercedendo pelas nossas vidas!
E hoje me pergunto se isso não é a causa
De estarmos todos bem.
Os anos se passam
Sua barba está branca
E o senhor ainda passa os dias trabalhando
Fazendo garapa, rapadura e outras coisas mais.
De todas as coisas boas que aprendi
A admiração pela sua confiança em Deus
É a que mais toca o meu coração.
Quisera eu ter a fé inabalável
Que move a sua vida
E o entendimento das escrituras sagradas
Que tenta passar para mim.
Peço a Deus que nos dê tempo
Para juntos escrevermos essas mensagens
Que tocaram muitos corações.
Posso não saber demonstrar
E isso, talvez, aprendi com o senhor,
Mas eu o amo de todo meu coração.
O senhor sempre foi o baluarte da minha vida
E, pode ter certeza de uma coisa,
Que nunca vou esquecer os seus conselhos
E lições para minha vida.
Neste dia especial receba o meu carinho
Da forma que mais sei expressar:
Nesta poesia!
Te amo, meu pai!
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense
Dedicado: Meu pai - Sr. Josuel Marins da Silva
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