Eu só não sei o que fiz de mim...
Tudo que queria,
Hoje não quero mais.
O que eu podia fazer de mim
Não fiz e não quero mais fazer.
O sonho de outrora
Se desfez no amanhecer
E eu acordei para a realidade.
Sou um sopro que se passa
A minha juventude se foi.
Eu que era inofensivo
Tornei-me um monstro
E as minhas presas são escolhidas a dedo...
Embriago-me pelas noites
E procuro ver aqueles olhos no fundo do copo
Mesmo sabendo que eles já não existem mais...
Não adianta tentarem tirar minha máscara
Pois ela já está grudada ao meu rosto
E não há como distinguir
O que é certo ou errado.
Meu caminho é a solidão
De uma vida em meio a multidão...
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense.
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