Pode pensar o que quiser que não me importo
Nem um pouco.
Rasgue o seu coração e as roupas se quiser
Pode suar sangue e ri das próprias desgraças
Que não ligo de forma nenhuma.
Sou arredio
Não tenho escrúpulo e nem sinto compaixão
Dessa dor que você diz estar sentindo.
Nefasto sentimento de um coração iludido.
Eu disse que se me levasse não poderia me fazer voltar
Eu avisei que com o meu coração você não poderia brincar
Que você choraria nas madrugadas
E eu não me importaria mais.
Não posso ficar nem mais um minuto com você
Não faz bem aos meus olhos
Não faz bem ao meu coração.
Esse olhar tão cruel que estraçalhou minha mente
Foi arrancado de dentro do meu coração
E as cicatrizes ainda doem.
Não quero ver o seu olhar
Nem sentir o seu perfume outra vez.
Despedaço o quadro onde você sorria
Apago as fotos que mostravam um período de felicidade
E arranco do meu peito toda e qualquer lembrança
De quando imaginava um amor sem fim.
Vejo um sol que desponta no horizonte
Onde eu jamais havia imaginado
E corro pelas planícies sentindo a brisa
De um novo alvorecer.
Você foi e não é mais
Eu não fui
E hoje sou
A poesia livre a voar
Pelos campos floridos na primavera.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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