sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Nefasto sentimento de um coração iludido


Pode pensar o que quiser que não me importo 
Nem um pouco. 
Rasgue o seu coração e as roupas se quiser 
Pode suar sangue e ri das próprias desgraças 
Que não ligo de forma nenhuma. 
Sou arredio 
Não tenho escrúpulo e nem sinto compaixão 
Dessa dor que você diz estar sentindo. 
Nefasto sentimento de um coração iludido. 
Eu disse que se me levasse não poderia me fazer voltar 
Eu avisei que com o meu coração você não poderia brincar 
Que você choraria nas madrugadas 
E eu não me importaria mais. 
Não posso ficar nem mais um minuto com você 
Não faz bem aos meus olhos 
Não faz bem ao meu coração. 
Esse olhar tão cruel que estraçalhou minha mente 
Foi arrancado de dentro do meu coração 
E as cicatrizes ainda doem. 
Não quero ver o seu olhar 
Nem sentir o seu perfume outra vez. 
Despedaço o quadro onde você sorria 
Apago as fotos que mostravam um período de felicidade 
E arranco do meu peito toda e qualquer lembrança 
De quando imaginava um amor sem fim. 
Vejo um sol que desponta no horizonte 
Onde eu jamais havia imaginado 
E corro pelas planícies sentindo a brisa 
De um novo alvorecer. 
Você foi e não é mais 
Eu não fui 
E hoje sou 
A poesia livre a voar 
Pelos campos floridos na primavera. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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