quinta-feira, 27 de maio de 2021

Uma fagulha

Só olhar não adiantou 
Precisava de algo mais 
Que não poderia encontrar em outro lugar 
Que não fosse no coração 
Sentia o vazio da existência 
Nem lembrava dos pesadelos 
Que insistia em atormentá-lo na escuridão 
No que chamavam de solidão 
Havia uma esperança quem sabe 
De um dia voltar a sorrir 
Mas, ninguém acreditava nisso 
Nem mesmo o seu sentimento 
Bateu na janela um vento 
Ouviu um sussurro vagaroso 
Um arrepio pelo corpo inteiro 
O que sentiu era verdadeiro 
E não poderia viver sempre sofrendo assim 
Uma fagulha brilhou na alma 
Um leve sorriso no rosto 
Ao ver sua imagem de relance 
Quando lia aquele romance 
Do amor que um dia sentiu no profundo coração. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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