segunda-feira, 3 de maio de 2021

Quando as terras caírem sobre mim

Quando as terras caírem sobre mim 
Não quero que chorem 
E nem lamentem pela minha partida. 
O despedir-se é como o amanhecer 
E as lembranças 
Que aqui hei de deixar 
Serão as minhas manhãs a florir. 
Não haverá tristeza 
Nem mesmo agonia 
Pois a beleza da poesia 
Estará estampada na minha face. 
 
Declame um poema 
Um dos que mais admirei 
E sorria. 
Um sorriso será a demonstração 
De que sempre acreditei no amor 
E na alegria 
E que, apesar do mundo cruel, 
Sempre acreditei na bondade humana. 
Cantei em trovas e versos 
O amor que existe no ser humano 
A bondade, 
A compaixão, 
E a esperança. 
 
Que saibam que se não fiz o melhor 
Pelo menos tentei. 
E que sempre acreditei na beleza do amor. 
 
Declame um dos meus poemas 
Coloque-o na lápide 
E escreva-o em letras de mármore 
No seu coração. 
E viva a vida com ideais 
Pois a minha sempre foi assim. 
 
Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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