segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Não te encontrarei antes da noite


O coração silenciosamente é desfeito 
Nas cinzas frias da solidão; 
A esperança vai fugindo pelas sombras 
Fugazes dessa eterna ilusão. 

Seu olhar tão distante dos meus 
Deixa em mim essa grande tristeza 
Que escondo no meio da multidão 
Ao caminhar nessa minha incerteza. 

Não te encontrarei antes da noite 
Que se abateu sobre a minha alma; 
Agora sou apenas o reflexo da solidão 
Que tira de mim toda calma. 

O coração que silenciosamente é desfeito 
Na primavera que teima em desabrochar 
Sente os golpes cruéis dessa saudade 
Que tenho do seu lindo olhar. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

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