domingo, 9 de junho de 2019

Meu delírio cotidiano


É uma dor que amofina 
E nem sei bem como a sinto em mim 
Lateja o meu corpo 
A minha cabeça gira em um frenesi absurdo 
E estou só em minha solidão. 
Não adianta chorar agora 
Eu sei que não. 
Minhas lágrimas não irão comovê-la 
A angústia causada por mim foi muito intensa. 
Dos meus olhos saem lágrimas 
Que ontem eram suas 
E que eu não soube como evitá-las em você. 
Como um tolo errante em minha alucinação 
Eu me deixei ser arrebatado por outro olhar 
E magoei seu coração profundamente. 
Canalha que sou! 
Miserável indivíduo a circular entre os humanos 
Sem ter uma direção certa. 
Não permita que a mágoa tome conta de seu coração 
Esqueça-me de vez. 
Você é o meu delírio cotidiano 
A minha amargura perpétua 
Mas eu preciso andar por esse vale 
Preciso prantear a minha dor na solidão 
Ninguém pode socorrer-me de forma alguma. 
Siga sua jornada 
Alcance as nuvens e viva dias melhores. 
Sem mim isso é uma garantia. 
Continuar-me-ei em minha angústia 
Carregando a dor cruel do abandono 
Por ter deixado fugir de entre os dedos 
O amor mais lindo que um dia encontrei. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário