Não foi o sonho perturbador que tive
Na noite solitária de inverno
Nem mesmo os olhos ameaçadores
De uma mulher perdidamente apaixonada.
O que tirou a minha paz naquele momento
Foi a saudade cruel de um olhar
Que penetrou a minha alma cansada
Na manhã gélida do tempo.
Eu até quis viver outra vida
E procurei afogar minhas mágoas
Mas, não consegui acordar direito
Do sonho que dilacerava minha mente.
Escuridão já vi pior
Mas nunca tão profunda dessa forma.
Eu podia sentir as garras afiadas da solidão
Arrancando sangue das minhas veias.
Nem chorar adiantava
Então nem procurei derramar lágrimas.
Apenas deixei-me caminhar nas nuvens
E despertar do sono insano da minha juventude.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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