segunda-feira, 9 de março de 2020

Refúgio oculto



O lamento de hoje é surreal. 
É a dor de um peito confuso, 
O choro de uma alma desconsolada. 
Ando perdido em meio à multidão 
Iludido pelos sorrisos falsos e hipócritas 
De pessoas sem escrúpulos. 
Ninguém nota o meu silêncio 
Ninguém vê a minha dor. 
E porque notariam? 
Sigo sem destino certo 
Rumo ao desconhecido incerto 
Na esperança de encontrar o seu olhar. 
O refúgio da alma é oculto 
Nas profundezas da sua ausência. 
Quero me libertar desses grilhões 
Que me prendem a saudade 
Do seu lindo sorriso. 
Não tenho mais a alegria 
Que sentia ao seu lado e caminho sem direção 
Na estrada dessa desilusão. 
Quero chorar e derramar minhas lágrimas 
Mas elas secaram-se e não consigo vertê-las. 
Onde está você? 
Seu calor é o que me aquecia desse frio intenso 
No qual estou envolto. 
Sinto saudades. 
Muitas. Saudades de você. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário