sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Nunca mais verá o meu sorriso



Houve um tempo em que meu sorriso era espontâneo. 
Existia em mim uma felicidade 
Que fazia meu coração pulsar 
E eu nunca imaginava a saudade. 

Nunca mais verá o meu sorriso. 
O coração que ofereceu a ti o amor 
Já não tem a coragem de te encarar 
E carrega consigo imensa dor. 

O meu semblante estará sempre fechado. 
Como um pesadelo terrível na noite 
Despertei-me do sonho cruel 
E aceitei em mim o açoite. 

Sua alegria que se foi com o tempo me fazia sorrir. 
Já não existe aqui aquela flor 
Do jardim encantado na primavera 
Pois secaram na claridade desse calor. 

Nunca mais verá o meu sorriso. 
Mesmo que voltes da sua ausência 
Meus passos seguirão o pôr-do-sol 
Para tentar acalmar minha carência. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

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