Ela estava em silêncio enquanto olhava para mim
Mas, eu percebi
Que ela não queria olhar em meus olhos
Havia uma curiosidade em seu olhar
Algo que a intrigava
E que ela queria muito desvendar.
Disfarçou por um momento
Enquanto eu permanecia na minha atitude
Era uma estátua imóvel diante dela
E pretendia permanecer assim o tempo todo.
Seus olhos eram misteriosos
Cheios de esperança, ou desilusão,
Eu não soube definir ao certo.
O que pude entender é que procurava algo
Que a muito havia perdido:
O amor, talvez!
Não sei ao certo, mas algo a incomodava muito.
Continuava me olhando disfarçadamente
E sorria.
Eu pude notar pelo movimento de seus lábios.
Por um momento deu-se para vislumbrar
A beleza da sua alma
Tão arredia
Tão com medo de novas aventuras.
Em silêncio permanecíamos
Até a brisa soprar levemente em nossos rostos.
Ah! Que vislumbre!
Ela sorriu levemente
Mexeu os cabelos
Olhou para os lados
Como se buscasse fugir de meu olhar
Sorriu outra vez e então fez a pergunta:
- Por que você não para de me olhar?
Não podia responder a essa pergunta.
Ela não poderia saber
Que seus olhos revela o seu coração
E todas as vezes que vejo seu olhar
Eu contemplo um amor com tanta emoção.
Aquele amor que ela sempre guardou a sete chaves
Para entregar apenas a pessoa certa
E que agora ela não consegue mantê-lo preso.
Sim! Foi nesse olhar que encontrei o amor
Na beleza da sua alma misteriosa
Há um amor tão singelo
Que mudou a minha vida para sempre.
Poema: Odair José, o Poeta Cacerense
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