domingo, 30 de outubro de 2016

Um amor que eu desejava


Foi até sem pensar 
E eu assassinei quem amava 
Não chorei nem um pouco 
Sem dor meu coração estava 

Num gesto sagrado de amor 
O sangue que dela jorrava 
Na terra úmida se escondeu 
E os pássaros de longe cantava 

A sede da terra acalmou 
A tristeza que dela anelava 
E lá onde jaz o seu corpo 
Uma ave ao longe gurgitava 

E cresceu junto com o capim 
Uma flor que o vento agitava 
Seus lindos cabelos negros 
Agora já não balançava 

E esse foi o fim 
De um amor que eu desejava 
No entardecer triste 
Que minha alma sufocava. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

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