sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Colapso



Aos poucos foi crescendo 
Aquele amor no coração 
Uma alma que sorria 
Apesar da noite fria 
Não se deixava envolver na ilusão. 

Sentia-se como um pássaro 
Livre no horizonte a voar 
Não temia a escuridão 
Nem mesmo a solidão 
Que insistia nele habitar. 

Na manhã gélida do tempo 
Antes mesmo do sol nascer 
Viu seu mundo desabar 
Sentiu vontade chorar 
E, por um instante, viu morrer. 

Um colapso muito grande 
Sentiu na sua alma 
Deixou-se voar no pensamento 
Ser levado pelo vento 
Até as alturas e sentiu calma. 

Soube, então, que haveria 
Sempre um novo amanhecer 
Não poderia ficar prostrado 
Para sempre ali deitado 
Pois, a vida é para viver. 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

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