segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Eu quis arriscar



As emoções do dia a dia afloram 
O coração tenta respirar 
Pegar embalo nas asas da imaginação. 
Tudo é tão fugaz 
O tempo parece não sobreviver 
Há uma saudade inconstante 
Uma ausência que dói na alma. 

Falo de sentimentos às paredes 
Mas, elas não respondem. 
Olho-me no espelho 
E não vejo nada além do vidro 
Um vazio 
Um silêncio que incomoda. 

Lembro-me, então, dos seus olhos 
Do mistério neles escondido 
Eu sabia que seria assim 
Sofrimento 
Mesmo assim, eu quis arriscar 
E aqui estou 
Preso em minha própria ilusão. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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