terça-feira, 3 de setembro de 2019

Não diga nada


Não diga nada 
Que este silêncio permaneça infinitamente 
Nem ligo para as lágrimas 
Quem garante que não seja fingimento 
A dor que não existe nos seus olhos. 
O grito do mundo 
Ecoa firme em meus ouvidos 
Que estão tapados pela violência 
Causada pelo vacilo dos homens. 
Cambaleia como ébrio 
A esperança de futuro 
Das almas-perdidas pelo tempo 
Na escuridão da madrugada. 
Não entendes as minhas palavras? 
Como poderia entender? 
A sabedoria não está neste barulho 
Nem na euforia de sua falsa alegria. 
Não diga nada 
O meu silêncio não pode ser quebrado. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário