sexta-feira, 14 de julho de 2023

Que seja apenas uma estação

Em um canto solitário da minha alma, 
A melancolia tece suas teias, 
Entrelaçando as lembranças de um amor perdido, 
Que se dissipou no mar das tristezas. 

 Meus olhos carregam como marcas, 
As lágrimas derramadas na escuridão, 
O coração, antes cheio de alegria, 
Agora se afoga na tristeza da solidão. 

 A cada suspiro, ecoa o eco da saudade, 
Dos momentos felizes que se desfizeram, 
Em silêncio, sussurro ao vento, 
Palavras de amor que o tempo corromperam. 

 Mas no abismo desse triste vazio, 
Uma chama tímida reluz, 
A esperança, ainda que sutil, 
Desperta em mim o anseio por um novo ponto de luz. 

 Um amor que floresce em novos jardins, 
Que traga cores aos dias acinzentados, 
Que cure as cicatrizes da alma machucada, 
E transforme a tristeza em sorrisos inesperados. 

 A tristeza das lembranças de um passado, 
A melancolia que invade o coração, 
São apenas trampolins para o futuro, 
Onde um novo amor encontrará sua razão. 

 Então, ergo-me das ruínas do amor perdido, 
Acredito na força que reside em mim, 
Com a certeza de que, em algum lugar, 
Um novo amor está destinado enfim. 

 Que a melancolia seja apenas uma estação, 
E que a tristeza se transforme em aprendizado, 
Pois, no horizonte da vida, brilha a esperança, 
De um novo amor ser encontrado. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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