Desliza a vida, o tempo a escoar,
Um tesouro precioso, à mão a toa,
Que urge valorizar e acalentar.
O tempo é nosso bem mais valioso,
É dádiva que não volta, é presente,
Na jornada que segue, prestigioso,
É a chave da existência, uma semente.
Nas asas da aurora, ele se desvela,
E voa ligeiro, céleres as horas,
E, se o desperdiçamos, é sem tê-la,
A chance de escrever nossas histórias.
Na eterna dança dos astros celestes,
No tempo, encontramos a semente,
Que planta os sonhos mais manifestos,
E nos faz colher frutos, saborosos, contentes.
Valorizar o tempo é como uma arte,
Saber usá-lo bem, sem desperdícios,
Em cada segundo, um novo início,
Um passo rumo ao sonho mais abstrato.
Que o tempo seja um farol, a guiar,
Com sensatez, os dias do viver,
E, ao olhar para trás, ao repassar,
Se encontre um coração em paz, a crer.
Assim, em cada alvorada nascente,
Saibamos bem o tempo aproveitar,
E a cada entardecer, gratamente,
Valorizar o dom de amar, de criar.
Pois é no pulsar do tempo, efêmero,
Que traçamos nosso legado externo,
E, na preciosidade do instante extremo,
A vida ganha sentido, faz-se eterno.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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