quinta-feira, 27 de julho de 2023

Anseio de ter de volta o que se foi

Na despedida que dilacera a alma, 
Senti o amargo sabor da separação, 
A saudade se instala e acalma, 
Mas traz à tona a dor da solidão. 
No adeus, a promessa de um retorno, 
Mas incerto é o tempo que nos separa, 
A lembrança invade, causa tormento, 
E a saudade, cruel, se multiplica e dispara. 
 
Nas noites insones, a mente vagueia, 
Em busca do toque, do calor, do abraço, 
Revivo os momentos de alegria e sintonia, 
E anseio pelo tempo que foi escasso. 
É a saudade que arde, que pulsa no peito, 
Lembranças vivas de um passado recente, 
A ânsia de ter de volta aquele afeto, 
Que me envolvia e me fazia contente. 
 
Desejo que o tempo se mova sem pressa, 
Que a espera seja breve, leve e doce, 
Para que eu reencontre essa pessoa que me é tão confessa, 
E que a saudade transforme em reencontro precoce. 
Ah, como anseio ter de volta o que se foi, 
O sorriso, o olhar, o calor do abraço, 
Preencher o vazio que a partida deixou, 
E voltar a sermos cúmplices nesse espaço. 
 
Que a vida, bondosa, nos traga o reencontro, 
E que a saudade, enfim, se transforme em paz, 
Pois é na união do amor e do tempo, eu aposto, 
Que a felicidade novamente se refaz. 
Até lá, aguardo ansioso e com esperança, 
Aquele momento em que estaremos envoltos em amor, 
E a saudade se dissipará de uma vez, 
Restando apenas a alegria de sentir esse fervor. 
 
 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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