quinta-feira, 13 de julho de 2023

A rotina do tempo

Abriu a janela e sentiu a brisa no rosto 
Nuvens cobria o azul do céu 
Impedindo os raios de sol de aparecer 
Pássaros voavam alegremente pelas árvores 
E as borboletas no jardim 
O vento que tocava seu rosto 
Parecia dizer alguma coisa que desejava ouvir 
Porque um leve sorriso surgiu em seu rosto. 

O sentimento apertava o seu coração 
E a decisão era sempre muito difícil 
Os melhores momentos da sua vida 
Aconteceram ao lado dele 
E lembrava dos sorrisos, das brincadeiras 
Do amor sincero que outrora sentia 
Do carinho recíproco e da paixão ardente 
Ao lembrar de tudo isso a dor apertava 
O sorriso foi-se embora aos poucos 
E os pensamentos voavam como os pássaros lá fora. 

Depois veio a rotina do tempo 
As palavras vazias, às vezes mentirosas 
O distanciamento, o vazio existencial 
E tudo apontava para o fim não desejado 
Mas ninguém consegue lutar sozinho 
Quando o amor exige uma reciprocidade 
E a única coisa que vê é a desilusão do amor 
Um sentimento submerso em palavras vazias 
Uma busca por felicidade que estraçalha o coração. 

Sente a brisa de mais um dia que começa 
Respira fundo o ar da decisão 
Olha para o quarto onde ele ainda dorme 
Em meio as cobertas bagunçadas 
Sabe que quando os caminhos não estão em sintonia 
Não há muito o que se fazer 
Então arruma suas coisas e decide partir 
Fecha a porta atrás de si e vai embora 
Apenas o tempo poderá dizer se foi a decisão certa. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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