sábado, 23 de novembro de 2024

Amor que não se apaga

Amor que arde, chama incontrolável, 
Rastro de fogo em meu peito marcado, 
Eterno fardo, doce e imutável, 
Meu coração por ti vive acorrentado. 

No fundo da alma, teu brilho flameja, 
Mesmo que o tempo insista em apagar, 
E cada memória, qual vela, lateja, 
Iluminando o que tentei calar. 

És tempestade e também calmaria, 
És o abismo e o céu onde habito, 
Contradição que me faz poesia. 

Por mais que o mundo clame ao infinito, 
Nada suprime essa força sombria: 
Amor sem fim, meu eterno conflito. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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