Rastro de fogo em meu peito marcado,
Eterno fardo, doce e imutável,
Meu coração por ti vive acorrentado.
No fundo da alma, teu brilho flameja,
Mesmo que o tempo insista em apagar,
E cada memória, qual vela, lateja,
Iluminando o que tentei calar.
És tempestade e também calmaria,
És o abismo e o céu onde habito,
Contradição que me faz poesia.
Por mais que o mundo clame ao infinito,
Nada suprime essa força sombria:
Amor sem fim, meu eterno conflito.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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