quinta-feira, 17 de maio de 2018

Queria tanto


Outra vez 
As palavras são como martelos 
A esmiuçar o meu ser 
Fazendo-me soltar gritos 
Que sente o meu coração… 

Uma grande dor! 
Golpes brutais 
Dilaceram os meus sonhos 
Aqueles que sempre tive com você. 

O que abraça o meu corpo 
É a agonia, 
O medo de perder-te 
E a saudade tomar conta de mim. 

Liberte-me! 
Solte-me dessas correntes 
Que sejam golpeados os grilhões 
Que prendem a minha alma. 

O espelho revela-me 
A dor que está em meus olhos 
A infelicidade 
Que transtorna-me silenciosamente. 

Eu ainda te amo 
Com aquele amor tão profundo 
Que revela os meus olhos. 

E eu queria tanto 
Que seus olhos brilhassem para mim 
Que visse o meu sentimento 
E aceitasse-me junto a ti. 

Andaria eu por toda terra 
Saltando de alegria 
Pela felicidade em encontrar-te. 

Mas, todo esse esforço é vão 
Se seus olhos já não estão aqui 
Minhas palavras são soltas ao vento 
Da desilusão... 

Poema: Odair José, o Poeta Cacerense

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