Olhos fechados
Medo de ver o que acontece a sua volta.
Choras na escuridão da noite
E se entrega a uma revolta.
Na luta solitária que travas
Com seus próprios demônios
Não consegue visualizar uma saída
Para o desespero da alma.
Incompreendido pelas circunstâncias
Que o levam ao desespero
Não se conforma com os acontecimentos
Que tiram o seu sono.
É preciso haver uma fuga
Uma libertação das amarras que o prende
Fugir para longe
Do que o faz esquecer de que tens uma vida.
No despertar da fúria
Tenta encontrar uma força que o liberte dessa dor
Sem perceber que essa força existe em si mesmo
No mais profundo de seu ser.
Caminhaste com seus próprios pés a essa situação
E, com os mesmos pés deverá se libertar.
Não é vergonha dar passos de volta
E recomeçar de onde errou.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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