Houve uma revolução por minutos
Mataram os lobos da estrada
Ou será que foram os lobos que mataram
Os viajantes no caminho?
Bem, não sei ao certo
Tudo é muito confuso na minha mente.
A primeira vez que me mataram
Eu parecia perdido
Sem saber para onde ir
Deitei-me solitário na beira do caminho
Não ouvi os passos
Nem mesmo os gritos e risadas dos malfeitores
Que espancaram os meus sonhos
De forma brutal e covarde.
O sangue jorrava
Tudo agora está vermelho
As flores, o sangue, as lágrimas…
São lobos cerebrais
Que nem consegui ver como eram.
Não consigo enxergar
Não ouço o barulho das ruas
Nem sinto o vento das campinas.
Tudo é escuro
Mas, por incrível que pareça
Não sinto medo.
Parece que estou voando
E percorro um caminho onde não sinto os meus pés.
Há uma paz celestial na minha alma
E, aos poucos, começo a ver a pequena luz.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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