Olhava o horizonte distante
O sol em breve se esconderia em seu refúgio
E a saudade só aumentava em mim
Por saber que mais um dia estava longe
Sem poder voltar a minha terra natal.
Lágrimas escorria de meus olhos
Ao sentir no peito a dor dilacerante
De uma saudade sem fim
Da cidade que me viu nascer
E eu queria apenas poder encostar no cais
E ver mais um por do sol.
Em busca de uma vida melhor
Parti para outro lugar
Sem saber que em ti eu poderia descansar
Dos dissabores da vida
Quando quisesse sonhar.
Em terras distantes eu percebi
Que a minha paz se encontrava em ti
E não tinha dinheiro no mundo capaz
De suprir a alegria que é andar em suas ruas.
Quando a saudade bateu forte
O destino estava selado e eu voltei
E não tenho palavras que possam descrever
A sensação maravilhosa ao te ver
Surgir diante dos meus olhos
Depois de longos dias de viagem.
Meus olhos lacrimejantes
Deixavam transparecer a felicidade
De poder voltar para casa.
O vento tocando o meu rosto
Trazia a sensação de nostalgia
Da alegria que é viver em ti.
Sei que pode haver alguém distante
Que sentes tua falta como eu
E não podes voltar neste momento.
Que esta canção chegue até o seu coração
E lembre-te de que aqui há uma paz
Para aqueles que amam essa cidade.
Feche os seus olhos e veja na memória
O por do sol no cais
E as vozes de alegrias dos que correm
Pela Praça Barão.
Vislumbres a imagem imponente da Igreja Matriz
E saiba que nascestes no melhor lugar do mundo
E um dia hás de voltar ao seu aconchego
A cidade que amas do fundo do coração.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
Fotos: Arquivo pessoal
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