terça-feira, 27 de dezembro de 2022

Um eterno vazio

Aos que tornam-se sombras no seio das tardes de verão 
Que escorraçam seus oponentes como um rolo compressor 
Dizem e agem como se fossem os donos do mundo 
Abusam das crianças e maltratam os idosos 
Para que possam sempre permanecerem no poder e dominação. 

Aos que tem olhos eternamente fechados para o mundo 
Que não valorizam os que trabalham arduamente todos os dias 
Roubam-lhes a sua esperança com falsas promessas 
Dificultam suas vidas o máximo que podem 
Porque não respeitam a vida humana e carregam um ódio profundo. 

 Aos que são herdeiros de tormentos e declamam segredos 
Que rasgam as cédulas de liberdade dos injustiçados 
Impedindo-os de alcançarem a tão sonhada justiça 
Menosprezando os direitos humanos como se nada fossem 
Porque só querem manter os seus domínios e provocar o medo. 

 Aos que detém o poder mítico das alucinações 
Que controlam o tempo e as aspirações dos trabalhadores 
Dificultando o acesso aos benefícios arduamente conquistados 
Querem apenas manter as pessoas como massa de manobra 
Porque desejam perpetuarem-se no domínio das convicções. 

 Aos que tem o sangue quente e treme diante dos calafrios 
Que provocam o caos e o terror na sociedade hodierna 
Construindo muros de separação entre os menos favorecidos 
Maquiando a verdadeira face da violência urbana 
Porque desejam manter as aparências de um eterno vazio. 

 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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