segunda-feira, 26 de junho de 2023

A saudade, companheira dos amantes

Na tarde de um verão, um olhar se encontrou, 
E o coração, em chamas, logo se apaixonou. 
Nasceu um amor intenso, sem qualquer aviso, 
Que agora se torna saudade, um amargo sorriso. 

A vida segue seu curso, implacável e veloz, 
E o tempo, impiedoso, não espera por nós. 
O amor que se formou naquela tarde dourada, 
Deixou marcas profundas na alma enamorada. 

Os dias voaram, como pássaros no céu, 
Enquanto o nosso amor se entrelaçou, fiel. 
Mas o relógio avança, sem jamais retroceder, 
E agora resta apenas a saudade a florescer. 

A vida nos separa, por caminhos distintos, 
E o eco das lembranças preenche os vazios infinitos. 
Guardo com carinho cada instante vivido, 
E sinto falta do amor que foi compartilhado e sentido. 

A saudade, doce companheira dos amantes, 
Transforma momentos passados em eternos instantes. 
Ainda sinto a brisa quente daquela tarde, 
Quando nossos olhares cruzaram sem alarde. 

A vida passa célere, sem dar trégua à paixão, 
Mas o amor que nasceu jamais será em vão. 
E assim, na saudade, o amor encontra morada, 
Revestindo de ternura a vida que foi amada. 

Que a memória guarde os melhores momentos, 
E que a saudade nos traga suspiros e lamentos. 
Pois, mesmo que o tempo não nos dê sorte, 
O amor que nasceu será eterno, sempre forte. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

Nenhum comentário:

Postar um comentário