Reside a loucura, sussurros obscuros.
Em cada ser, o caos é a sua prisão,
Um fogo selvagem, de impulsos impuros.
A mente humana, palco de devaneios,
Abriga um turbilhão de sombras ocultas.
A sanidade, em fios tênues, sem freios,
Dança na corda bamba, entre lutas tumultuadas.
A loucura existe em cada um de nós,
Uma chama selvagem, incontrolável.
Emaranhado de pensamentos atroz,
Onde a razão e a insanidade são indissociáveis.
Porém, na escuridão, há uma centelha,
Uma luz tênue que brilha, ainda que pequena.
Na busca pela paz, alma se revela,
E a loucura se aquieta, serena.
Aceitar a insanidade que nos permeia,
É compreender a complexidade humana.
E na jornada pela lucidez plena,
Encontrar a harmonia, a cura soberana.
Assim, abracemos nossa própria loucura,
E transcenderemos além das sombras.
Encontrando a essência pura,
Que habita em cada um de nós.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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