quarta-feira, 14 de junho de 2023

Noite após noite

No silêncio de um amor mal resolvido, 
Permanece a saudade, esse fio comprido. 
Um caso que nenhum desfecho teve a contento, 
E o coração segue perdido com o vento. 
As memórias perdidas na penumbra do passado, 
Um encontro fugaz que não foi consumado. 
O amor que nasceu e não pôde florescer, 
Deixou cicatrizes que não consigo esquecer. 
 
A saudade persiste, dia após dia, 
E a dor da ausência nunca se esvazia. 
É um vazio profundo que não tem fim, 
Uma ferida aberta que não se cura assim. 
Noite após noite, a solidão me acompanha, 
E a nostalgia invade como uma velha aranha. 
Meus pensamentos vagueiam em sua direção, 
Buscando a paz de uma antiga paixão. 
 
Mas o tempo passa e a ferida não despega, 
A saudade é um fardo que o coração carrega. 
E mesmo que sigamos em frente, não morre o sentimento, 
Ele se transforma em suspiros, em versos no pensamento. 
Então, escrevo versos para amenizar a dor, 
Para exorcizar as lembranças do amor. 
Mas a saudade persiste, ela é eterna, 
E esse caso mal resolvido, uma história sempiterna. 
 
Que o destino traga alívio um dia, 
E que a saudade, enfim, se despede e se esvazia. 
Enquanto isso, guardo as lembranças no peito, 
E continuo a caminhar, mesmo no desencontro perfeito. 
Pois no emaranhado das emoções e da nostalgia, 
Encontro a força para seguir em busca de alegria. 
E quem sabe um dia, em um novo amanhecer, 
A saudade encontre a paz que tanto almejo ter. 
 
 Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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