No silêncio de um amor mal resolvido,
Permanece a saudade, esse fio comprido.
Um caso que nenhum desfecho teve a contento,
E o coração segue perdido com o vento.
As memórias perdidas na penumbra do passado,
Um encontro fugaz que não foi consumado.
O amor que nasceu e não pôde florescer,
Deixou cicatrizes que não consigo esquecer.
A saudade persiste, dia após dia,
E a dor da ausência nunca se esvazia.
É um vazio profundo que não tem fim,
Uma ferida aberta que não se cura assim.
Noite após noite, a solidão me acompanha,
E a nostalgia invade como uma velha aranha.
Meus pensamentos vagueiam em sua direção,
Buscando a paz de uma antiga paixão.
Mas o tempo passa e a ferida não despega,
A saudade é um fardo que o coração carrega.
E mesmo que sigamos em frente, não morre o sentimento,
Ele se transforma em suspiros, em versos no pensamento.
Então, escrevo versos para amenizar a dor,
Para exorcizar as lembranças do amor.
Mas a saudade persiste, ela é eterna,
E esse caso mal resolvido, uma história sempiterna.
Que o destino traga alívio um dia,
E que a saudade, enfim, se despede e se esvazia.
Enquanto isso, guardo as lembranças no peito,
E continuo a caminhar, mesmo no desencontro perfeito.
Pois no emaranhado das emoções e da nostalgia,
Encontro a força para seguir em busca de alegria.
E quem sabe um dia, em um novo amanhecer,
A saudade encontre a paz que tanto almejo ter.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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