quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

As máscaras da melancolia


Deixo-me flutuar os sonhos mais intensos 
Como se estivesse a navegar as nuvens 
Carregadas pelos ventos gélidos do sul. 
O sol castigante do meio-dia torra-me a mente 
Na solidão de uma árvore seca 
No deserto escaldante da minha jornada. 
Choro lágrimas sentidas 
De um sonho que não se realizou 
De um amor que não me quis. 
Na alma triste a vagar 
Pelas estradas verdejantes e sombrias 
Só queria mesmo era ser feliz. 
Aquele sorriso era a força da minha alegria 
E seus olhos o que mais desejava 
Para iluminar minhas manhãs. 
Tudo não passou de uma ilusão 
Que feriu meu coração 
Com as agruras desta vida. 
São as máscaras da melancolia 
Que sufocam meu rosto cansado 
De amar sem ser amado. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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