segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Paraíso dos demônios


Na miséria de uma vida sem sentido 
Perambulam pelas calçadas 
Não sabem o ar que respiram 
E nem os olhos a abrir. 
Do brilho das estrelas 
Choram sob o sol escaldante. 
Mulas sem cabeças 
Pensamentos a voarem pelo vento 
No silêncio de uma madrugada fria. 
Eterna solidão de uma vida 
Que vive na ignorância do tempo. 
Vejo um mundo invisível 
Onde as almas vagueiam em prantos 
Paraíso de demônios 
Cercado de anjos sem asas. 
Vidas caóticas e evasivas 
De pensamentos mórbidos. 
Não se pode fazer quase nada 
Se não vejo a pluma da liberdade. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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