Na miséria de uma vida sem sentido
Perambulam pelas calçadas
Não sabem o ar que respiram
E nem os olhos a abrir.
Do brilho das estrelas
Choram sob o sol escaldante.
Mulas sem cabeças
Pensamentos a voarem pelo vento
No silêncio de uma madrugada fria.
Eterna solidão de uma vida
Que vive na ignorância do tempo.
Vejo um mundo invisível
Onde as almas vagueiam em prantos
Paraíso de demônios
Cercado de anjos sem asas.
Vidas caóticas e evasivas
De pensamentos mórbidos.
Não se pode fazer quase nada
Se não vejo a pluma da liberdade.
Poema: Odair José, Poeta Cacerense
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