terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Ignorante razão



Quisera eu ser livre 
Como pássaros no céu a voar 
E não mais em você pensar 
O que faz meu pensamento 
Alcançar distantes horizontes. 
Olhos sarcásticos 
Burburinhos noturnos 
Como os sóis de Netuno. 
Fala suavemente aos meus ouvidos 
Palavras que não posso ouvir 
Cicatrizes de um coração ferido 
Que ignora a razão. 
Oh dama vagabunda 
Que chora nas madrugadas 
Flor espartana 
Que perpassa sua espada 
No meu coração 
Enquanto tento ver o brilho do sol 
Que não brilha para mim. 
Não existe perdão 
Quando não se tem mais razão 
Para continuar na ilusão. 
Por isso deixo-me cair no sono 
E cubro-me com os lençóis da ignorância. 

Poema: Odair José, Poeta Cacerense

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